A secura ganha força no país
Depois de uma terça-feira (22) marcada por sol e frio seco em grande parte do Sul, esta quarta-feira (23) deve começar com uma mudança ainda maior no tempo para a região.
O motivo é o deslocamento marítimo de uma frente fria que, aos poucos, espalha nuvens carregadas e ventos úmidos e gelados pelo litoral.
A massa de ar polar associada ao sistema também avança, derrubando as temperaturas e aumentando a sensação de frio até o fim da semana, especialmente nas capitais Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e São Paulo (SP).
Com isso, os primeiros sinais da virada já devem ser sentidos nesta quarta. A chuva reaparece em pontos do oeste do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, com previsão de pancadas mais fortes entre quinta (24) e sábado (26).
Porto Alegre amanhece com 9 °C e deve atingir no máximo 15 °C à tarde. A partir de quinta, o frio se intensifica: mínima de 7 °C e chuva intermitente.
No fim de semana, os acumulados podem ultrapassar 50 mm na capital e chegar perto dos 100 mm em áreas do sul gaúcho e do oeste do Paraná. A umidade também sobe: os índices devem ficar acima de 90% por vários dias.
Já Florianópolis (SC) entra na rota da instabilidade, com céu encoberto, ar úmido e máximas baixas. A capital catarinense deve registrar 16 °C na quinta, com mínima de 11 °C e pancadas de chuva ao longo do dia.
Em Curitiba (PR), a quarta ainda será de sol e nuvens, com máxima de 21 °C, mas o tempo vira na quinta: mínima de 9 °C, máxima de apenas 13 °C e tempo nublado e úmido, com sensação térmica ainda menor.
Pedestres enfrentam chuva e frio no centro de Curitiba (PR).
Geraldo Bubniak/AEN
No Sudeste, São Paulo (SP) começa esta quarta ainda com tempo firme, mínima de 13 °C e máxima de 23 °C. Mas já à noite, os ventos úmidos que sopram do mar aumentam a nebulosidade e podem provocar garoa.
🌫️ NEVOEIRO: Além da garoa, com o deslocamento marítimo da frente fria, ventos úmidos passam a soprar do oceano em direção ao continente e isso aumenta bastante a umidade relativa do ar nas regiões próximas à costa, criando condições para a formação de nevoeiro nas madrugadas e manhã.
“Há previsão de nevoeiro no leste de São Paulo, sul do Rio de Janeiro e na Zona da Mata mineira”, detalha Stefanie Tozzo, meteorologista da Climatempo.
A virada mais sentida ocorre entre quinta e sexta: os termômetros devem variar entre 14 °C e 20 °C, com umidade alta e possibilidade de chuva fraca.
No sábado, o tempo segue fechado, e no domingo (28) o calor reaparece, com máxima de até 28 °C e sensação de abafamento.
Já no Rio de Janeiro (RJ), o sol ainda aparece nesta quarta, com máxima de 27 °C. Mas o ar já fica mais úmido (com chance de chuvisco à noite) e a chuva se intensifica entre quinta e sexta. As máximas caem para 23-24 °C, e a sensação térmica será mais baixa por causa do tempo fechado.
No Centro-Oeste, o cenário será completamente diferente. A massa de ar seco segue firme e as temperaturas continuam subindo. Campo Grande (MS) deve ter máximas acima dos 31 °C ao longo da semana, com sol forte e umidade na casa dos 30%.
Em Cuiabá (MT), o calor aumenta: os termômetros podem chegar a 39 °C no fim de semana e a umidade mínima despenca para 15% nas horas mais quentes.
⚠️ CUIDADOS NA HIDRATAÇÃO: Por causa dessa previsão, a orientação é redobrar os cuidados com a hidratação e evitar atividades físicas nas horas mais quentes do dia.
Já Região Norte mantém o padrão típico desta época do ano. Estados como Amazonas e Roraima têm previsão de pancadas de chuva com risco de temporais isolados.
Em Manaus (AM) e Boa Vista (RR), os acumulados devem ser mais expressivos. Já Acre, Rondônia e sul do Pará seguem com tempo firme, muito calor e baixos índices de umidade. Palmas (TO) e Rio Branco (AC) devem registrar mínimas abaixo de 25% ao longo da semana.
No Nordeste, o contraste continua. O litoral entre a Bahia e Pernambuco segue com chuva passageira causada pelos ventos do mar, com umidade sempre alta.
Já o interior da região segue seco e quente, com sol forte e umidade muito baixa à tarde. Cidades do sertão da Paraíba, do Piauí e do interior do Ceará devem registrar umidade abaixo de 20% nos próximos dias, cenário que também exige atenção para hidratação e cuidados com o ar seco.
Mapa mostra acumulado de chuva previsto até a próxima segunda-feira (28).
Inmet/Reprodução
🔴 Umidade muito baixa no centro país
Apesar da virada no tempo no Sul e parte do Sudeste, a semana ainda será marcada por ar extremamente seco em todo o Centro-Oeste, interior do Sudeste e partes do Norte e Nordeste.
A umidade mínima deve cair para níveis de alerta (abaixo de 20%) em vários estados, cenário típico do inverno seco
Cuiabá (MT) será uma das capitais mais afetadas. A cidade deve registrar umidade de apenas 15% no fim de semana, com calor próximo dos 40 °C.
A combinação entre temperaturas elevadas e ar seco aumenta o risco de queimadas e agrava doenças respiratórias, especialmente entre crianças e idosos.
Em Goiás, no Distrito Federal e no interior de São Paulo, o cenário é parecido: tardes com sol forte, calor e umidade entre 18% e 25%.
Cidades como Brasília (DF), Goiânia (GO), Ribeirão Preto (SP) e Uberaba (MG) devem passar toda a semana sob esse padrão de “inverno seco”, sem previsão de chuva.
Palmas (TO), Teresina (PI) e Barreiras (BA) também estão na lista das capitais com tempo mais seco. Nessas áreas, o calor vai persistir nos próximos dias, e a umidade do ar ficará abaixo dos 25% no período da tarde.
📊 Entenda o mapa abaixo: As cores representam os níveis de umidade do ar até a próxima sexta (25). Quanto mais quente a cor, mais seco o ar. Tons de vermelho, rosa e laranja indicam umidade baixa, com risco de tempo seco e incêndios.
Já as áreas em azul e verde mostram maior umidade, geralmente associada a chuva ou presença de ventos úmidos. As setas pretas indicam a direção e intensidade dos ventos, com flechas maiores representando ventos mais fortes.
Previsão mostra como deve ficar a umidade do ar e a intensidade dos ventos entre os dias 21 e 25 de julho de 2025.
Inmet/Reprodução
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Veja como ficam as temperaturas em TODAS as capitais brasileiras, segundo o Inmet:
Baixa umidade do ar chega próximo a níveis de emergência em áreas do centro do país
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