Justiça determina indenização de R$ 60 mil a mãe e bebê baleados durante tiroteio em UPA de Cuiabá


Confronto ocorreu durante tentativa de resgate de preso em unidade de saúde
Leandro Agostini/Centro América FM
A Justiça condenou o município de Cuiabá e o governo de Mato Grosso a indenizarem em R$ 60 mil uma mãe e filho, que foram baleados durante um tiroteio na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro Morada do Ouro. O caso aconteceu em 2018, mas a sentença foi divulgada nesta quinta-feira (24).
Na época, o bebê tinha seis meses de vida, e a mãe, 33 anos. Ambos foram atingidos pelos disparos e precisaram ser internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Pronto-Socorro de Cuiabá.
A decisão reconheceu que houve falha na prestação do serviço público, uma vez que o tiroteio ocorreu dentro de uma unidade de saúde, espaço que deveria oferecer segurança para os pacientes e funcionários.
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O bebê foi atingido na mão, no abdômen e nas costas e ficou com cicatrizes visíveis devido aos ferimentos. Um dos projéteis ficou alojado próximo à coluna. Já a mãe foi baleada no braço e nas costas.
Conforme o documento, a indenização é dividida da seguinte forma:
R$ 20 mil por danos morais para a mãe;
R$ 20 mil por danos morais para o filho;
R$ 20 mil por danos estéticos, apenas para o menor.
Além de mãe e filho, outras três pessoas foram atingidas, sendo uma paciente, uma enfermeira e um agente de segurança.
Relembre o caso
Secretária de saúde fala sobre estado de saúde dos feridos no tiroteio em UPA
Em fevereiro de 2018, criminosos invadiram o local durante uma tentativa de resgate do detento José Edmilson Bezerra Filho, que foi levado à UPA após passar mal no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC).
Segundo a então Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), José recebia atendimento na unidade, mas não chegou a ser resgatado. Ele respondia a diversos processos, incluindo por homicídio.
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