
Lixo na casa de acumulador em Maceió
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Comprar em excesso e guardar. Acumular de forma desorganizada e ter dificuldade de se desfazer de coisas de pouco valor. Já conheceu alguém assim? O transtorno de acumulação compulsiva acomete muitas pessoas e traz grandes prejuízos, inclusive, para quem convive com alguém com o transtorno.
Em Maceió, somente esse ano, a Vigilância Sanitária registrou 12 denúncias de casos na capital, onde foi necessária a intervenção imediata com toneladas de entulhos sendo retirados das casas de acumuladores. Mas como ajudar quem sofre com o transtorno de acumulação?
A Secretária Municipal de Saúde (SMS) realiza trabalho para acolher pessoas com transtorno de acumulação e orientar familiares do paciente. Campanha tem como objetivo criar vínculos com acumuladores para que eles tenham acesso a um tratamento adequado.
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Os serviços podem ser solicitados por familiares ou pelo próprio acumulador. Quando acionado, um acompanhamento ambulatorial é feito pela Unidade Básica de Saúde (UBS) e, em seguida, no Centro de Atenção Psicossocial (Caps), onde é feito um atendimento de psicoterapia e psiquiatria.
Segundo a assistente social do Caps, Karla Rocha, um dos principais obstáculos para o acolhimento do acumulador é fazê-lo reconhecer a importância de um tratamento adequado.
“Nós primeiro fazemos o convencimento, especialmente das pessoas que estão em crise, para só depois poder dar início ao tratamento,” disse.
Danos que o transtorno de acumulação compulsiva causa
Transtorno de acumulação afeta moradores de Maceió
O transtorno de acumulação compulsiva é a dificuldade de descartar bens como objetos e utensílios, gerando uma grande quantidade de entulho que atrapalha a passagem de cômodos da casa, e o afastamento de amigos e familiares do acumulador. A tendência é que cada vez mais a pessoa com transtorno colete mais coisas para acumular.
Em entrevista ao Bom Dia Alagoas, a psiquiatra Jordana Farias falou dos obstáculos da convivência com um acumulador.
“O transtorno da acumulação é um transtorno complexo e os pacientes acabam acumulando tanto que os ambientes da casa ficam inacessíveis. É perigoso para essas pessoas, que tendem a se isolar muito porque já que a família passa a criticar e brigar. Isso acaba sendo muito ruim para as pessoas [com o transtorno] porque eles não têm a percepção que aquilo ali está sendo algo exagerado”, disse.
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