Funcionário de obra é filmado se masturbando em prédio em construção e mulher denuncia importunação sexual; VÍDEO


Homem foi flagrado se masturbando em prédio em construção no Recife
O funcionário de uma obra foi flagrado se masturbando enquanto vigiava uma moradora em um prédio em construção no bairro do Poço da Panela, na Zona Norte do Recife. O caso foi filmado pela moradora de um edifício vizinho, que contou que o homem a olhava enquanto praticava o ato libidinoso (veja vídeo acima).
Era por volta do meio-dia de sábado (26) quando a jornalista Laís Leon percebeu a movimentação no prédio em construção. Ela prestou queixa na polícia e denunciou importunação sexual, pois, segundo ela, o homem passou cerca de 30 minutos se tocando e olhando em direção ao seu apartamento.
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Laís contou que os funcionários estavam trabalhando em uma parte da obra, enquanto o homem, que vestia a mesma farda dos demais, estava sozinho, três andares abaixo, se masturbando. No vídeo feito por ela, é possível ver o funcionário com a calça abaixada, com a mão nas partes íntimas.
Mesmo não morando na mesma rua do edifício em construção, os prédios são próximos e Laís consegue ver a movimentação da obra pela janela. Ela estava sozinha em casa quando o flagrante aconteceu.
“Eu estava na área de serviço do meu apartamento, que tem um janelão que dá a vista diretamente para essa obra. Enquanto eu estava fazendo atividades domésticas, eu olhei para a frente e achei a movimentação estranha. […] E quando eu vi, de fato, ele estava se masturbando”, contou.
Funcionário de obra é flagrado se masturbando em prédio em construção e é denunciado por importunação sexual, no Recife
Reprodução/WhatsApp
A princípio, Laís pensou que o homem praticava o ato sem se direcionar a ela.
“Desconfiei que talvez ele pudesse estar fazendo aquilo para ele mesmo, mas fiquei assustada e meu ímpeto foi pegar o celular para gravar. Quando comecei a gravar, toda vez que ele via o celular, se escondia atrás da parede. Foi quando confirmei que ele estava fazendo algo na minha direção”, lembrou.
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Do local onde o homem estava posicionado, segundo Laís, é possível ver o quarto, a cozinha e área de serviço da casa dela. Desde o ocorrido, ela está com medo e há dias não abre as janelas.
“Eu não estou conseguindo ficar à vontade no meu quarto. Estou com tudo fechado: janela, cortina cobrindo a minha janela. E isso é péssimo, porque estou sem visão da rua, sem privacidade dentro da minha própria casa. Estou me sentindo insegura dentro da minha própria casa”, lamentou.
Laís entrou em contato com a LMA Empreendimentos, empresa responsável pela construção do prédio, para denunciar o que tinha acontecido. Ela foi informada que, pelas imagens compartilhadas, não seria possível identificar o funcionário.
“Eu moro aqui nesse prédio faz dois anos. Essa obra está acontecendo aqui faz pouco mais de um ano, então já tem bastante tempo. Esse tipo de coisa nunca tinha acontecido, foi a primeira vez”, disse.
A jornalista tentou registrar a ocorrência de forma online, mas, por se tratar de um crime de cunho sexual, ela precisou ir presencialmente à Delegacia da Mulher, em Santo Amaro, no Centro do Recife.
No Boletim de Ocorrência, ao qual o g1 teve acesso, consta que, por vezes, o homem escondia o rosto com um pano, e que, procurada, a empresa alegou à vítima “não poder se responsabilizar pelo caráter das pessoas”.
Segundo Laís, além do registro na delegacia, ela também pretende abrir um processo judicial.
“Eu vou abrir um processo na Justiça. Tentei um acordo [com a construtora], mas, na minha opinião, não houve desejo de acordo. Eles lavaram as mãos. Então, a gente vai ter que ir para a via mais tradicional de brigar na Justiça por isso”, disse.
Resposta da empresa
Por meio de nota, a empresa LMA Empreendimentos disse que “prestou total solidariedade à moradora, reconhecendo a seriedade da situação”, e que adotou as seguintes providências:
Iniciou apuração interna para identificar o envolvido e apurar os fatos;
Acionou as autoridades policiais na quarta-feira (30), “com o objetivo de garantir uma investigação isenta, uma vez que, até o momento, não foi possível confirmar a identidade do autor”.
Na nota, a empresa também diz que “repudia veementemente qualquer conduta que viole a dignidade, o respeito e a segurança das pessoas”, e que seguirá “colaborando plenamente com as autoridades competentes até que o caso seja totalmente esclarecido e o responsável seja responsabilizado nos termos da lei”.
⏬ No vídeo abaixo, entenda o que classifica o crime de importunação sexual:
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