Tio de Michelle Bolsonaro, preso por armazenar conteúdo sexual infantil, é solto; ex-primeira-dama nega convívio


A ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, em discurso no Palácio do Planalto em 15/05/2020.
Carolina Antunes/PR
Gilberto Firmo Ferreira, tio da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, foi liberado neste sábado (2) após passar por audiência de custódia. Ele foi preso nesta sexta-feira (1º) pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por armazenar conteúdo de abuso sexual infantil.
Ele foi alvo de um mandado de busca e apreensão expedido pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) e preso em flagrante na sua casa, em Ceilândia, após os agentes encontrarem material de pornografia infantil em um de seus celulares.
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Firmo Ferreira tem 52 anos e deverá cumprir medidas cautelares:
Não pode deixar o Distrito Federal por mais de 30 dias sem avisar a Justiça;
Manter seu endereço atualizado.
Procurada pelo g1, a defesa de Firmo informou que ainda não teve acesso integral aos autos do inquérito e que seguirá acompanhando todos os desdobramentos do caso.
“A defesa ainda não teve acesso integral aos autos do inquérito policial, tampouco ao conteúdo do material apreendido, razão pela qual qualquer manifestação conclusiva será feita em momento oportuno, com base na análise técnica e responsável dos elementos constantes dos autos”, informou o advogado de defesa Samuel Magalhães.
Gilberto Firmo Ferreira é um dos tios da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Em nota enviada à TV Globo, Michelle chamou o caso de vergonhoso e afirmou que não possui mais relação com o parente (leia a nota na íntegra abaixo).
O que disse Michelle Bolsonaro
Em missão no Pará, recebi com indignação e profunda tristeza a notícia do envolvimento e prisão de um parente por terem sido encontradas, no celular dele, imagens contendo pornografia infantil.
Trata-se de um crime vergonhoso, não somente por sua gravidade, mas principalmente porque fere profundamente a dignidade humana de crianças e adolescentes. A minha dor é maior justamente por eu dedicar a minha vida ao combate ferrenho a todo o tipo de crimes sexuais e abusos contra crianças.
Há mais de dezoito anos, não possuo relação próxima ou convivência com o parente investigado, apesar do vínculo biológico existente. Considero lastimável, revoltante e repugnante a conduta desse parente e, uma vez comprovadas essas acusações, entendo como necessário que ele receba, integralmente, o peso da justiça, com as punições e penas previstas para esse crime tão deplorável.
Sou uma defensora intransigente da proteção das crianças e dos mais vulneráveis, bem como luto pela responsabilização exemplar de quem pratica qualquer tipo de crime ou violência contra elas. Isso inclui todas as pessoas, inclusive parentes, que pratiquem qualquer tipo de violação aos valores humanos fundamentais.
Rejeito com veemência qualquer tentativa de atrelar meu nome ou minha reputação pessoal e profissional a atos praticados por terceiros, parentes ou não. Cada pessoa é responsável e deve responder, individualmente, por seus atos. Nisso consiste a individualização de condutas e penas prevista em nossa legislação.
Por fim, reafirmo que, apesar da tristeza e indignação, continuarei orando para que esse parente, pagando por seus delitos, venha a conhecer a luz da verdade e abandone toda e qualquer prática ilícita e impura que porventura ainda permaneça em sua vida.
Sigo firme naquilo que realmente importa: proteger os vulneráveis, defender os valores e construir um país mais justo e com igualdade de oportunidades para todos.
Quais as diferenças entre a prisão temporária e a preventiva?
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