
Impressão digital comprovou que suspeito preso dirigia carro que matou três, diz polícia
Divulgação/SSP-PI
A impressão digital coletada no vidro da tampa traseira da caminhonete foi uma das provas que determinaram que Raimundo Nonato da Conceição Morais era o motorista do veículo envolvido no acidente que matou três pessoas, na última sexta-feira (1º), em Teresina. A informação foi divulgada na terça-feira (5) pelo Instituto de Biologia Forense da Polícia Civil do Piauí (PCPI).
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Segundo o gerente do instituto, Juarez Carvalho, o fragmento da impressão foi um dos vestígios descobertos na perícia feita no local em que o veículo de Raimundo foi encontrado. O condutor foi preso em Caxias (MA), na segunda-feira (4), onde estava escondido na casa de parentes.
“Nós comparamos o fragmento coletado no objeto com a impressão padrão. O Instituto de Biometria dispunha de padrões, sendo um coletado ontem, quando ele foi conduzido até a Central de Flagrantes, e outro do momento em que ele fez a identidade no Distrito Federal”, afirmou o gerente.
“A análise papiloscópica (de marcas deixadas pelo toque humano) é precisa e mundialmente reconhecida. Não resta dúvida de que o fragmento coletado foi produzido pelo toque da pessoa que estava conduzindo o veículo”, completou Juarez.
Além da impressão, a perícia criminal achou objetos pessoais que ligam Raimundo diretamente ao acidente, como uma chave que abriu o imóvel em construção onde o mestre de obras trabalhava, bem como recibos no nome dele e cartões da empresa de reformas e construções que pertence a ele.
Imagens mostram suspeito fugindo
A Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) também teve acesso às imagens de uma câmera de segurança que registraram o suspeito correndo pela rua momentos após o acidente.
A roupa que ele usava, visível nas filmagens e em vídeos posteriores, foi apreendida pela polícia e encaminhada para a perícia.
De acordo com a SSP, o homem pintou o cabelo para se disfarçar e fugir. Testemunhas contaram que ele bebeu um litro de uísque e meio litro de cachaça antes de dirigir.
“Essas duas provas ratificam a nossa tese, que indica que, realmente, o Raimundo causou o acidente e estava dentro do veículo”, disse o superintendente de Operações Integradas da SSP-PI e responsável pela investigação do caso, delegado Matheus Zanatta.
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Reprodução/Redes Sociais
A colisão que envolveu a caminhonete dirigida por Raimundo e outros três veículos ocorreu na noite de sexta, no cruzamento entre as avenidas Gil Martins e Barão de Castelo Branco, na Zona Sul de Teresina.
Conforme a investigação, o suspeito avançou o sinal vermelho e bateu violentamente contra um carro no qual estavam seis pessoas. Três delas morreram:
Jardyel de Abreu Pessoa, de 40 anos, suplente de vereador de Monsenhor Gil pelo PT e motorista do carro atingido;
Wesley Moura, de 27 anos, assessor de comunicação da vereadora de Teresina Ana Fidelis (Republicanos);
Débora Mavy de Abreu Ramos, sem idade divulgada, sobrinha de Jardyel.
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O acidente deixou outros três feridos: a esposa de Jardyel, a advogada Diana Abreu; uma adolescente de 16 anos, filha do casal; e um menino de 8 anos, sobrinho do casal.
Diana sofreu escoriações e foi liberada após receber atendimento, enquanto o menino passou por uma cirurgia para a correção do fêmur e continua internado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
A adolescente fez cirurgias na bexiga e no intestino e fará outras operações na bacia e nas costelas. Ela está consciente e consegue sentar, mas não poderá andar por três meses.
Ao g1, Diana disse que não se lembra do acidente nem dos momentos anteriores. Ela também afirmou que ainda não contou à filha adolescente sobre a morte do pai.
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