Ossada é encontrada em praia e é investigada no litoral de SP


VÍDEO CADASTRADO E DESPUBLICADO NA EF ID: 13828827
Um esqueleto ‘misterioso’ foi encontrado parcialmente enterrado na faixa de areia de uma praia de Ilha Comprida, no litoral de São Paulo. Conforme apurado pelo g1 neste domingo (10), a hipótese de especialistas é que a ossada seja de uma baleia, de espécie não identificada.
O bombeiro civil Luis Guilherme de Mattos Maciel, de 56 anos, contou que estava caminhando pela praia do Balneário Cláudia Mara quando se deparou com o esqueleto.
“Não me surpreendi, haja vista que há anos caminho na beira da praia e avisto coisas incríveis. Eu costumo limpar os plásticos de alguns quilômetros”, explicou ele.
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Nas imagens gravadas por Maciel, é possível ver alguns ossos expostos, enquanto o restante do esqueleto estava enterrado na areia. A pedido do g1, o biólogo Ricardo Samelo analisou o vídeo e afirmou que a ossada parece de um cetáceo, provavelmente uma baleia.
“O vídeo não mostra nenhum objeto ao redor para efeito de comparação de tamanho, mas parecem ossos grandes e robustos. Acredito que sejam de uma baleia, mas de qual espécie é difícil afirmar apenas com as imagens”, pontuou ele.
De acordo com Samelo, os ossos que aparecem nas imagens correspondem à nadadeira, vértebras e costelas.
Ossada foi encontrada em praia de Ilha Comprida
Arquivo Pessoal/ Lugui Maciel
Hipótese reforçada
Ao g1, Maciel disse que acredita que o esqueleto foi desenterrado da faixa de areia por conta da ressaca que atingiu o litoral paulista entre o fim de julho e o início de agosto, já que encontrou os ossos no último dia 1. “Com a maré alta e fortes ondas que vinham a bater no asfalto, ocorreu esse desenterro dessa ossada”, afirmou.
O Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC) confirmou que “alguns ossos de baleia” estão ficando expostos por conta da maré. No entanto, disse que não há como especificar a qual espécie eles pertencem sem nenhuma característica que identifique o animal, pois em 15 anos de atuação do Ipec na cidade, muitas baleias já foram avaliadas e enterradas nas praias.
Ricardo Samelo explicou que o enterro de esqueletos na praia é uma das opções quando um animal marinho morre encalhado ou chega até a faixa de areia já sem vida levado pela maré.
“Carcaças podem ser levadas (rebocadas) para o mar aberto novamente, podem ser destinadas para algum instituto de pesquisa (tecidos moles ou apenas ossos) ou podem ser enterradas com a utilização de máquinas no próprio local do encalhe. Esses são os meios mais comuns de lidar com animais grandes que morrem ou chegam mortos”, disse ele.
Para o biólogo, a ossada encontrada pelo bombeiro aparenta estar no local há bastante tempo. “Pode ter sido enterrada por pessoas ou ter ocorrido um soterramento natural, sendo coberta gradativamente pela areia devido à ação das marés”, explicou Samelo.
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