Mortandade de peixes no Paranapanema preocupa famílias ribeirinhas e ameaça sustento em Angatuba


Comunidade enfrenta dificuldades com mortandade de peixes em rio de Angatuba
A rotina das famílias ribeirinhas de Angatuba (SP) mudou após a morte de centenas de peixes no rio Paranapanema, registrada há aproximadamente duas semanas. Pescadores e moradores que vivem do turismo na região temem que a água esteja contaminada.
Cerca de 50 famílias do bairro da Ponte dependem da pesca para sua subsistência. João Camargo Neto, que aluga uma casa no local, afirma que este é o primeiro episódio de mortandade em pelo menos dois anos.
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“A gente já viu na TV toxinas matando peixes no Tietê. Agora aqui talvez seja outro problema”, aponta.
Segundo os moradores, agentes da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) estiveram no local e informaram que suspeitam de contaminação na água.
A Cetesb informou, em nota, que realizará a coleta de amostras em trechos do rio Paranapanema para investigar possíveis contaminações e avaliar os níveis de oxigenação. Enquanto isso, a recomendação é não consumir nem a água nem os peixes da região. Orientação que deixa pescadores com o futuro incerto, como é o caso da Tatiana da Silva.
“Me preocupa e muito. Não só eu, mas preocupa todo mundo. A gente não sabe as causas do peixe estar morrendo. A gente não pode comer e não pode tirar o peixe daqui para vender”, lamenta.
Famílias que vivem da pesca e do turismo tiveram suas atividades suspensas no rio Paranapanema por recomendação da Cetesb
Paulo Oliveira/TV TEM
Os pescadores também relatam que o gosto e o cheiro da carne do peixe estão diferentes, o que deixa os consumidores apreensivos.
“Eu percebi o cheiro, tipo de celulose assim, mesma coisa que se pegasse um pedaço de papel e mordesse. Está impactando até no sabor. E aí, impacta em tudo”, detalha Wandelei dos Santos, pescador.
“Eu trabalho com passeio no rio e trabalho com aluguel de casas flutuantes. Isso está dando impacto muito grande. E está rodando peixe lá. Os caras perguntam se podem consumir esse peixe, se não pode, a gente não sabe nem o que explicar”, diz Marcelino de Abreu.
Pescadores também relatam que o gosto e o cheiro da carne do peixe estão diferentes
Paulo Oliveira/TV TEM
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