
Apreensão de aparelhos de TV Box no Paraná em 2024
Divulgação
Um estudo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mostra que dois tipos de TV Box não homologados, o InXPlus e o TouroBox, têm sido infectados por softwares maliciosos – malwares – que deixam os usuários vulneráveis.
Segundo o estudo, criminosos têm aproveitado essas vulnerabilidades para roubar dados pessoais de usuários dos aparelhos e utilizar as informações em atividades ilícitas.
As informações sobre o estudo foram divulgadas nesta terça-feira (12) pela Anatel durante entrevista a jornalistas.
Segundo a agência reguladora, a forma de uso desses malwares é sofisticada, de modo que, mesmo com os aparelhos desligados ou reiniciados, os criminosos continuam com acesso ao sistema.
“Esses malwares maliciosos se comunicam com servidores de comando e controle para direcionar o tráfego”, explica a superintende de Fiscalização, Gesiléa Teles.
“O perigo desses malwares é o roubo de dados, dados sensíveis e comprometimento e toda rede doméstica do usuário, que pode ser acessada”, acrescenta a superintendente.
Dessa forma, os criminosos conseguem ter acesso aos dados dos celulares conectados à rede doméstica, por exemplo.
Como a atuação dos criminosos é silenciosa, o usuário pode não saber que seus dados estão sendo usados para atividades ilícitas, e pode se tornar alvo de investigação policial.
Malwares têm se espalhado por redes domésticas
Receita Federal encontra aparelhos de tv box pirata durante fiscalizações
A capacidade de alastramento da rede criminosa também chamou a atenção da agência. De janeiro a junho deste ano, foram identificados 345 mil IPs, uma espécie de endereço de usuários na internet, infectados por esses malwares.
No início de agosto, o número chegou a 1,5 milhão. E, atualmente, está em 1,8 milhão.
O problema, no entanto, não se restringe ao Brasil. Conforme a Anatel, a atuação dos criminosos é em escala mundial. Outro desafio que se apresenta às autoridades é que o malware é de difícil remoção.