Araras-azuis-grandes ocorrem no Pantanal, Cerrado e partes da Amazônia
Gabriela Astorga
Quantas araras-azuis-grandes existem na natureza atualmente? Com o objetivo de coletar essa informação e traçar novas estratégias para conservação do maior psitacídeo do Brasil, a arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus), o Instituto Arara Azul promove neste final de semana o 1º Big Day das Araras-Azuis.
A ação internacional é um convite a todas as pessoas que moram ou estão na área de ocorrência da espécie para registrar, anotar, observar a ave livre na natureza e compartilhar os dados com a equipe do projeto.
A partir das informações geradas pelos participantes dessa atividade de ciência cidadã será possível atualizar o mapeamento populacional da arara, e elaborar novos planos de monitoramento da espécie, além de desenvolver outros projetos para proteção da ave e seu respectivo lar.
“O Big Day das Araras-azuis precisa acontecer porque é uma forma simples e muito importante de envolver as pessoas na conservação dessa espécie e que apesar de todo o esforço ao longo dos anos a arara-azul-grande ainda sofre com a perda de habitat, o tráfico, outras ameaças, e quanto mais gente estiver observando, registrando e enviando essas informações sobre onde elas estão, melhor a gente consegue entender como protegê-las.”, comenta Maria Eduarda Monteiro Nascimento, Coordenadora de campo do Projeto Arara Azul na Caiman.
Campanha é um chamado para todos registrarem araras-azuis na natureza
Divulgação Instituto Arara-azul
Mas afinal, como contribuir?
Se você observar araras-azuis-grandes no Pantanal, Cerrado ou Amazônia entre os dias 16 e 17 de agosto, envie suas informações, fotos ou vídeos para as plataformas de ciência cidadã: eBird, WikiAves e Biofaces. Se possível preencha o formulário oficial da campanha neste link: https://forms.gle/J2EEJFAvnBtLTZkn9. Há também a possibilidade de compartilhar os dados pelo WhatsApp oficial da campanha (67) 9987-10752.
Com o slogan ‘Um chamado para todos’ o Big Day das Araras-azuis visa unir as pessoas à conservação de uma espécie enigmática do país e ainda fortalecer o laço do cidadão comum com a natureza.
“Esse evento é uma grande ação de ciência cidadã, onde qualquer pessoa pode contribuir com dados reais, que vai ajudar então os pesquisadores, a criarem políticas públicas para projetos de conservação. E acho que muito, além disso, o Big Day tem essa capacidade de conectar a sociedade com a natureza, então reforça que todos nós podemos fazer parte de uma só solução”, acrescenta Eduarda.
Para saber mais detalhes sobre o evento acesse o site oficial do Instituto: https://www.institutoararaazul.org.br
Registros de arara-azul-grande vão contribuir em campanha internacional
Vitor Morais
Sobre a espécie
A arara-azul-grande possui 1 metro de envergadura de asas e é considerada a maior entre as araras.
Possui o bico robusto e forte capaz de perfurar sementes extremamente duras
Se alimenta principalmente de sementes da bocaiuva e acuri
Vive em casais ou pequenos grupos
No Brasil a espécie se distribui nos estados do Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Bahia, Piauí e Maranhão. Há registros também em Parintins (AM).
Pode ser observada em países vizinhos como Bolívia e Paraguai.
Depende de grandes árvores para nidificação
As principais ameaças para a espécie são destruição do habitat, efeitos das mudanças climáticas e tráfico ilegal de aves.
