DJ e assessor da ALMT são alvos de operação que investiga esquema de tráfico de drogas e lavagem de R$ 185 milhões


DJ Diego de Lima Datto foi preso em Cuiabá
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O DJ Diego de Lima Datto foi preso em Cuiabá, nesta quinta-feira (14), apontado como chefe de um esquema de lavagem de dinheiro, que teria movimentado R$ 185 milhões provenientes de tráfico de drogas e outros crimes. Além de empresários, entre os alvos da Operação Datar, está Vinicius Curvo Nunes, assessor parlamentar e superintendente de Tecnologia da Informação da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).
O g1 tentou localizar a defesa de Diego, mas não tinha conseguido até a última atualização desta reportagem. Já a ALMT informou por meio de nota, que adotará as medidas administrativas necessárias para a imediata exoneração de Vinícius, reafirmando compromisso com a transparência e a ética.
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A operação cumpriu 67 ordens judiciais, entre prisão, busca e apreensão e sequestro de bens e valores, em Cuiabá, Primavera do Leste, Ponta Porã (MS) e São Paulo (SP). Dos sete mandados de prisão preventiva, seis foram cumpridos e um alvo está foragido.
Segundo o delegado da Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc), Eduardo Ribeiro, as investigações começaram em 2019 com o objetivo de desarticular o esquema de tráfico de drogas. Na época, Diego e outro DJ foram presos em um apartamento de luxo em Cuiabá, onde a polícia apreendeu drogas, anabolizantes, joias, eletrônicos e carros utilizados para entrega de entorpecentes.
A partir de 2022, a polícia itensificou a investigação sobre a movimentação financeira dos alvos e encontraram diversas irregularidades.
“Essa movimentação financeira foi feita sem senhuma comprovação de renda. Teve gente que declarou R$ 90 mil por ano e movimentou R$ 7 milhões”, explicou.
Durante a operação, os policiais apreenderam pelo menos sete armas de fogo, munições, R$ 70 mil em espécie, celulares e 16 carros, sendo quatro de luxo. A ação envolveu mais de 70 policiais e contou com apoio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) e das Polícias Civis de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
As investigações continuam com a análise do material apreendido e a identificação de novos suspeitos.
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