
Protesto do MST em Parauapebas chega ao quarto dia.
MST
O protesto do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Parauapebas, no sudeste do Pará, chegou ao quarto dia nesta quinta-feira (14). Integrantes do movimento, que ocuparam o prédio da prefeitura e foram retirados após decisão judicial, estão agora organizados em uma praça da cidade.
A mobilização iniciou na última segunda-feira (11) e no dia seguinte, terça-feira (12), o grupo ocupou o prédio da prefeitura da cidade. Já na quarta-feira (13), os manifestantes foram retirados do espaço pela Polícia Militar em cumprimento de um mandado judicial expedido a pedido da prefeitura. Toda a ação foi pacífica, sem registro de resistência.
A Prefeitura de Parauapebas afirmou que não recebeu nenhuma pauta oficial do movimento e que segue com postura aberta ao diálogo desde que as manifestações ocorram de forma pacífica.
Já o MST afirma que entregou à prefeitura um documento com extensa lista de reivindicações que não chegou a ser protocolado porque, no ato da entrega, servidores do local teriam sido dispensados, impossibilitando o registro.
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Protesto do MST em Parauapebas chega ao quarto dia.
MST
Segundo representante do movimento, cerca de duas mil pessoas estão se organizando na praça Pioneiro nesta quinta-feira (14) para continuar com a mobilização até que as partes sejam atendidas.
“Nós seguimos em luta por direitos e contra os privilégios, porque vários desses direitos têm sido retirados. São mais de 500 crianças desassistidas por retrocessos na educação, por exemplo. E há vários retrocessos”, conta Valbianne Gama, integrante da coordenação estadual do MST no estado.
O texto divulgado pelo MST aponta demandas que vão desde obras de infraestrutura, como pavimentação de vicinais e construção e reforma de pontes, escolas e postos de saúde, até a ampliação de programas de educação, saúde e cultura.
O documento também traz críticas diretas à gestão do prefeito Aurélio Goiano, acusando-a de utilizar conquistas do movimento como instrumento de “chantagem política”.
Entre os pontos listados pelo movimento estão:
Pavimentação asfáltica de vicinais, incluindo o trecho do carregamento até a ponte do Rio Novo;
Criação de um plano agrícola municipal que atenda a todos os produtores;
Doação do terreno da Escola de Ensino Médio ao estado;
Reforma e ampliação de escolas e construção de novas unidades;
Contratação de professores e aquisição de material pedagógico;
Aquisição de ambulâncias e ampliação do atendimento de saúde nas comunidades rurais;
Perfuração de poços artesianos, melhoria no abastecimento de água e instalação de rede elétrica;
Criação de programas de incentivo à cultura, esporte, lazer e capacitação técnica;
Entre outros.
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