
Tenente Hildegardo Freitas da Silva, de 49 anos, preso suspeito de agredir cachorros
Reprodução/Facebook
O tenente da Polícia Militar (PM) de Roraima Hildegardo Freitas da Silva, de 50 anos, foi preso nesta quinta-feira (14) em Boa Vista, suspeito de manter a ex-companheira, portadora de Alzheimer, em cárcere privado e sob condições subumanas. A mulher, uma advogada de 55 anos, foi encontrada debilitada, com sinais de desnutrição, ferimentos e hematomas.
A investigação, conduzida pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), começou há quatro meses, quando familiares e amigos denunciaram o desaparecimento da vítima. As investigações apontaram ela vivia isolada, sem cuidados médicos adequados, sem alimentação regular e sem acesso a telefone ou chaves para sair.
Testemunhas afirmaram que Hildegardo controlava as conversas dela, permanecendo sempre ao lado durante ligações.
O g1 tenta contato com a defesa do tenente.
Tenente Hildegardo, preso por maltratar ex-mulher
Reprodução
De acordo com a Polícia Civil, há suspeita de que o policial se apropriava do benefício previdenciário recebido pela vítima em razão da doença. Ele já responde por violência doméstica contra a mesma mulher.
Em 2024, segundo depoimentos, ele teria invadido a casa dela e levado R$ 2 mil, valor do benefício, além de agredi-la fisicamente. Na ocasião, a vítima pediu medidas protetivas.
O mandado de prisão preventiva foi expedido após uma nova denúncia no início de agosto, que trouxe informações sobre a localização da vítima. Agentes foram até um sítio no Distrito Industrial, onde encontraram 60 animais, entre cães e gatos, em condições de maus-tratos — magros, feridos e sem comida ou água. A porta precisou ser arrombada para que os bichos fossem libertados.
Em agosto do ano passado, Hildegardo foi preso por maltratar cachorros que viviam na casa. À época, ele se escondeu na casa quando os policiais chegaram, resistiu à prisão e começou uma confusão generalizada com os agentes. (Entenda mais abaixo).
Prisão em operação
Hildegardo não estava em casa no momento da operação e foi localizado horas depois no escritório do advogado, no bairro Cauamé. Ele negou os crimes e afirma que estava hospedado com a ex-companheira em hotéis nos últimos 15 dias por falta de mobília na chácara.
Disse ainda que os ferimentos seriam resultado de quedas e de momentos em que precisou contê-la, alegando que ela teria comportamento agressivo.
A vítima resgatada nesta semana foi levada inicialmente para a Casa da Mulher Brasileira, onde recebeu atendimento médico e psicossocial, e depois encaminhada para amigas próximas. O caso segue em investigação pela DEAM, que apura crimes de cárcere privado, maus-tratos e violência doméstica.
Prisão por maus-tratos
Tenente da PM maltrata cachorros, resiste à prisão e começa confusão generalizada com poli
Hildegardo já havia sido preso pelo mesmo crime, quando vivia com cerca de 30 cães em uma casa no bairro Caranã. Na ocasião, ele resistiu à prisão e houve confusão com policiais. Um homem que se apresentou como advogado também foi detido após apontar uma arma para a equipe.
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