Senador que foi aos EUA acredita que ‘diálogo pacífico’ vai conduzir tratativas sobre o tarifaço


Senador Nelsinho Trad fala sobre negociações do tarifaço com EUA
O senador Nelson Trad Filho (PSD-MS), que preside a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, defendeu nesta sexta-feira (15), que as negociações com os Estados Unidos sobre as tarifas impostas às importações brasileiras sejam conduzidas com ‘diálogo pacífico’. A análise foi feita em entrevista à TV Morena, afiliada da rede Globo em Mato Grosso do Sul (assista acima).
Para o senador, as negociações estão lentas e precisam ser feitas de forma a evitar brigas.
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“Precisa sair dessa bravata de ficar cutucando os caras, porque não adianta a gente querer brigar com eles, não adianta, eles são muito mais fortes que a gente. Vamos tentar fazer aquilo que o brasileiro sabe fazer, pacificar, dialogar, sentar na mesa, tentar retomar a normalidade, porque o reflexo nisso a longo prazo é muito ruim”, avalia.
As medidas impostas pelo presidente Donald Trump às taridas de importãção dos produtos brasileiros aos Estados Unidos entraram em vigor no dia 6 de agosto. Antes da vigência, uma comissão com oito senadores brasileiros viajou ao país norte-americano para tentar negociar as tarifas.
Segundo Nelson Trad Filho, a atitude do presidente Trump não foi justa e impactou uma relaçao dolplomática entre os dois países que já ultrapassa dois séculos.
“Não concordei com o que o presidente Trump fez com o Brasil, mas procurei entender. Fui lá, conversei, bati na porta, expliquei as razões do tarifaço nos Estados Unidos, porque foi ruim para nós, mas pode ter certeza, vai ser muito ruim para eles também”, comentou o senador.
O tarifaço
As novas tarifas elevaram o imposto médio de importação do país ao nível mais alto em um século. (saiba mais abaixo)
O Brasil foi o primeiro a ser afetado pelas sobretaxas, com a cobrança sobre produtos brasileiros começando já na quarta-feira (6). O país, assim como outros parceiros comerciais dos EUA — como Suíça e Índia — ainda tenta negociar acordos mais favoráveis com o governo americano.
As novas tarifas impostas pela agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA variam entre 10% e 50% e passaram a valer após semanas de suspense sobre os percentuais finais definidos por Trump, em meio a intensas negociações com países que tentavam reduzi-las.
Apesar de ter poupado uma extensa lista de produtos brasileiros, como suco de laranja, aeronaves civis e fertilizantes, a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos deve atingiu em cheio alguns dos principais setores exportadores do Brasil.
Entre os produtos que não sofreram isenção e são impactados pelo tarifaço estão café, carne bovina, frutas, máquinas agrícolas e industriais, móveis, têxteis e calçados.
Senador Nelson Trad Filho no ‘Papo das 7’, do Bom dia MS.
Reprodução/TV Morena
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