Família acusa policiais militares por tiro que matou motociclista em Feira de Santana; corporação nega


Motociclista por aplicativo que foi morto em troca de tiro é velado, em Feira de Santana
Familiares do motociclista por aplicativo José Marcos Menezes dos Santos, de 54 anos, acusam policiais militares de serem autores do tiro que matou a vítima, em Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia. A corporação, no entanto, aponta outra versão.
O caso aconteceu na quinta-feira (14), durante uma perseguição policial. O homem esperava um cliente para iniciar corrida. O corpo dele foi velado nesta sexta-feira (15).
Em entrevista à TV Subaé, afiliada da Rede Bahia na região, um familiar da vítima, que preferiu não se identificar, falou sobre a denúncia. Segundo o relato, não houve troca de tiros, como os policiais afirmaram.
“Quando chegamos ao local, os vizinhos disseram que precisávamos ver as imagens, pois não existiu uma troca de tiros, existiu os policiais perseguindo dois homens e atirando no aleatório. O que mais me dói é que não deram socorro. Eles viram que baleou alguém e se importaram em ir atrás que nem eles sabem quem. O corpo foi mexido e o capacete dele também”, informou o familiar.
Um familiar da vítima, que preferiu não se identificar, relatou que possivelmente não houve troca de tiros
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Já a Polícia Militar (PM) informou, em nota, que a vítima foi alvejada pelos criminosos durante a fuga. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios (DH) de Feira de Santana.
“Possivelmente ele foi morto por engano. Ele foi atingido com um só disparo na região da nuca e provavelmente foi dessa perseguição policial, dessa troca de tiros. Agora, nossas investigações vão ser para traçar o dia dessa vítima para termos a certeza de que ele não foi um alvo”, disse o delegado adjunto da Delegacia de Homicídios (DH), Fabrício Linard.
Filho pediu para não sair
O irmão da vítima, Gilmar Menezes, contou que José fazia corridas para aumentar a renda da família
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O irmão da vítima, Gilmar Menezes, contou que José tinha outra ocupação, mas fazia corridas por aplicativo para aumentar a renda da família.
“Era uma pessoa muito querida, um pai de família. Ele tinha o emprego dele, mas queria dar um conforto maior à família, e saiu para fazer essa corrida. Nessa corrida, ele não voltou mais”, disse Gilmar.
José Marcos deixa esposa e um filho. Ainda segundo Gilmar, antes de sair de casa, José Marcos recebeu um tipo de aviso do filho.
“O filho dele pediu para ele não sair, para ir com a moto dele, e ele brincou: ‘não, cabeça, eu vou dar um balãozinho e num instante volto’. Foi tipo uma despedida”, descreveu o irmão.
Relembre o caso
Motociclista por aplicativo foi morto a tiros enquanto esperava passageiro em Feira de Santana
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Segundo a Polícia Civil (PC), José Marcos aguardava um passageiro na Rua Chaguazes, bairro Conceição, por volta das 6h da manhã de quinta-feira, quando foi atingido por um tiro na nuca.
Segundo a PC, José Marcos costumava passar pelo local onde foi morto para buscar um cliente fixo. No dia do crime, estava parado quando ocorreu a perseguição policial.
Um homem foi preso e encaminhado ao Complexo de Delegacias do Sobradinho e o outro segue foragido. Uma arma e um celular foram apreendidos.
Familiares, amigos e vizinhos se despediram com emoção
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