
Grupo vendia rifas falsas
Divulgação/MPRS
Cinco pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul por estelionato e associação criminosa após venderem rifas falsas em Camaquã, na Região Sul do estado, utilizando a imagem de uma criança com paralisia cerebral como pretexto para arrecadação de fundos.
A denúncia foi apresentada ao Poder Judiciário na quinta-feira (14) pelo promotor de Justiça Fernando Mello Müller. Segundo o MP, o grupo, formado por três mulheres e dois homens, promovia sorteios fictícios de eletrodomésticos e roupas de cama, alegando que os recursos seriam destinados ao tratamento da criança.
Os golpes teriam ocorrido entre os dias 5 e 25 de julho, em diferentes locais da cidade, inclusive no estacionamento de um supermercado na área central. De acordo com o MP, os criminosos abordavam as vítimas de forma insistente, com argumentos emocionais e falsos, afirmando que o comércio local apoiava a ação.
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Três dos cinco denunciados já estão presos. A denúncia afirma que uma das mulheres envolvidas é madrinha da criança usada como justificativa para os golpes. Os valores arrecadados eram divididos entre os integrantes do grupo, sem qualquer repasse à família da menina, relata o MP.
O promotor também solicitou que cada uma das seis vítimas identificadas até o momento seja ressarcida. Além disso, pediu o repasse de R$ 20 mil a uma entidade local que apoia crianças em situação de vulnerabilidade.
Para o MP, há indícios de que os criminosos atuaram em festas de cidades vizinhas e em outras regiões do estado. Um dos elementos que reforçam essa suspeita foi a apreensão de um veículo com diversos talonários de rifas.
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