Estudante crava lápis na cabeça de colega após briga dentro de escola no litoral de SP


Menino de 9 anos fica com lápis preso na cabeça após ser agredido em escola
Um menino, de 9 anos, teve um lápis cravado na cabeça por um colega de classe em Praia Grande, no litoral de São Paulo. A agressão ocorreu dentro da sala de aula e o estudante foi socorrido ao Hospital Irmã Dulce, onde teve o objeto removido.
“Estou em choque”, afirmou a mãe do menino agredido, a atendente de farmácia Karoline Sthefani Martins Nascimento, de 27 anos.
O caso aconteceu na escola municipal Mahatma Gandhi, no bairro Jardim Melvi. Ao g1, Karoline contou que o filho Kaue Martins Nascimento já havia relatado desentendimentos com o colega agressor, que também tem 9 anos. Porém, a violência ultrapassou os limites, na terça-feira (19), durante a aula.
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“Meu filho estava desenhando, e ele ficou encrencando, rasgando a folha”, relatou Karoline. Segundo ela, Kaue pediu para o colega parar e encostou o lápis na pele dele. “Não machucou nem nada, mas o menino ficou muito bravo e agrediu meu filho com uns socos no rosto”, afirmou.
Segundo o relato, o professor que estava na sala separou a briga e, quando acreditava que já estava tudo resolvido, Kaue teve um lápis cravado na cabeça. Karoline contou que o filho foi atingido enquanto estava de costas para o agressor, arrumando os materiais para ir para casa.
De acordo com a mãe do menino, a equipe da escola acionou a ambulância, mas não comunicou a família sobre o caso. “Fui saber quando eu cheguei na escola para buscar meu filho”, lamentou.
Menino de 9 anos ficou com lápis preso na cabeça após agressão de colega em Praia Grande
Arquivo Pessoal
Atendimento médico
De acordo com Karoline, o menino foi encaminhado para o Hospital Irmã Dulce, onde teve o lápis removido da cabeça e levou dois pontos. A mãe contou ainda que o médico recomendou observação de 10 dias para cicatrização do ferimento.
“O médico tirou o lápis, só que não achou a ponta. Então, a preocupação total dele é a ponta. Tem que esperar esses 10 dias em observação para ver […]. Porque se tem secreção, dor ou alguma coisa, ele vai ter que ir para o centro cirúrgico e abrir a cabeça para achar essa ponta do lápis”
A mãe do menino informou que o menino teve alta médica e está sem dor, mas não voltará para escola durante o período em observação.
Karoline também registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Eletrônica e procurou a direção da escola para falar sobre o assunto, quando descobriu que o agressor foi transferido de unidade.
Prefeitura
Em nota, a Prefeitura de Praia Grande, por meio da Secretaria de Educação (Seduc), lamentou o ocorrido e informou que repudia qualquer tipo de violência entre estudantes.
“A pasta municipal informa que tomou conhecimento dos fatos pela gestão da unidade de ensino que, por sua vez, prestou o socorro imediato ao aluno”. A prefeitura informou ainda que a equipe gestora não encontrou um histórico formal de agressões ou episódios de bullying entre os envolvidos.
Ainda segundo a Seduc, os responsáveis legais dos estudantes já foram atendidos e “as providências relativas às sanções disciplinares já estão sendo adotadas, frente a gravidade dos fatos”.
A secretaria afirmou que a equipe gestora da escola está à disposição da família e ressaltou que há medidas de prevenção à violência escolar. “Para evitar que tais casos ocorram dentro das escolas municipais, a Seduc conta com a atuação das pedagogas comunitárias que realizam os círculos restaurativos com o objetivo de promover a Cultura da Paz dentro das unidades de ensino. Somado a isso, a pasta municipal conta ainda com a atuação dos psicólogos educacionais que fazem palestras com os estudantes voltadas para as questões socioemocionais”.
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