Quais são as causas da dermatite atópica e por que ela acontece?


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A dermatite atópica é uma condição inflamatória crônica da pele que afeta milhões de brasileiros, causando coceira, vermelhidão, ressecamento e, em muitos casos, um grande incômodo físico e emocional. As causas da dermatite atópica envolvem uma combinação de fatores genéticos, imunológicos e ambientais.
Quem tem essa condição costuma ter a pele mais sensível e reativa, tendo dificuldade de manter a barreira de proteção natural da pele.
Mesmo que esses sintomas possam surgir em qualquer fase da vida, é mais comum que a dermatite atópica se manifeste ainda na infância. Por isso, o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico são fundamentais para entender o grau da condição e buscar maneiras de controlar as crises nos pequenos.
Quais são as causas da dermatite atópica e o que pode piorar a condição?
A dermatite atópica não tem uma causa única e isolada. Ela pode surgir de uma predisposição genética que afeta o sistema imunológico e altera a função de barreira da pele.
Na prática, isso significa que a pele de quem dermatite é mais propensa a perder água, o que permite a entrada de substâncias que podem irritar a pele, como os alérgenos e microrganismos.
Entre os fatores que mais influenciam no aparecimento ou na piora dos sintomas, estão:
Histórico familiar de alergias: pais com dermatite, asma ou rinite podem aumentar as chances dos filhos desenvolverem a doença;
Pele seca: o ressecamento é outro gatilho bastante comum, ainda mais em períodos de baixa umidade;
Contato com substâncias irritantes: alguns produtos, como sabões, tecidos, perfumes e produtos de limpeza, podem piorar as lesões;
Ácaros, fungos e poeira doméstica: muito comuns em ambientes mais fechados, esses organismos podem também piorar o quadro alérgico;
Estresse emocional: as crises de ansiedade ou tensões podem intensificar a dermatite atópica;
Temperaturas: tanto o frio quanto o calor tendem a desregular a hidratação natural da pele.
Aqui é importante lembrar que cada pessoa responde de maneira diferente a esses gatilhos e o que causa uma crise em uma pessoa pode não afetar outra da mesma maneira.
Como identificar os sintomas da dermatite atópica?
A dermatite atópica costuma se apresentar de maneira diferente dependendo da idade e da região do corpo afetada. Em bebês, é comum que apareçam “placas vermelhas” no rosto, no couro cabeludo e nas laterais do corpo.
Já em crianças maiores, adolescentes e adultos, as lesões se concentram em áreas de dobras, como atrás dos joelhos, cotovelos e pescoço.
Os principais sintomas incluem:
Coceira intensa, que pode prejudicar o sono;
Vermelhidão e inflamação;
Feridas causadas pelo ato de coçar;
Espessamento da pele com o tempo, principalmente nas áreas mais afetadas.
As crises podem ir e vir, com períodos de melhora e piora. É justamente por ser uma condição crônica que exige cuidados contínuos, mesmo quando a pele parece estar sob controle.
Para manter a pele hidratada e fortalecer a barreira de proteção, existem linhas específicas de dermocosméticos, como os produtos da DermoHealth, disponíveis na Drogal, que podem ajudar a aliviar os sintomas e evitar novas crises.
Quais são os dermocosméticos mais indicados para quem tem dermatite atópica?
O tratamento da dermatite atópica varia conforme a gravidade do caso e deve sempre ser orientado por um dermatologista. No geral, ele envolve uma combinação de medicamentos, cuidados diários com a pele e algumas mudanças de hábitos.
Entre as medidas mais indicadas estão:
Uso de hidratantes específicos: devem ser aplicados várias vezes ao dia, principalmente após o banho, para evitar o ressecamento;
Pomadas ou cremes com corticoides: ajudam a controlar a inflamação durante as crises, mas devem ser usados com moderação e de acordo com a prescrição médica;
Anti-histamínicos: podem ser prescritos para aliviar a coceira, sobretudo à noite;
Banhos rápidos e mornos: o ideal é evitar banhos muito quentes e demorados, porque retiram a camada natural de proteção da pele;
Sabonetes suaves: esses produtos devem ter o pH neutro e a fórmula ser sem fragrâncias.
Marcas como a CeraVe oferecem loções, cremes e sabonetes desenvolvidos para peles mais sensíveis e com tendência à dermatite atópica. Esses produtos mantêm a hidratação da pele por mais tempo, o que contribui para espaçar as crises.
Segundo a farmacêutica responsável da Drogal, Eliane Messias Rodrigues, “a hidratação diária é fundamental para quem tem dermatite atópica. Ela ajuda a reforçar a barreira da pele e evitar que os sintomas piorem”.
Qual a importância do acompanhamento médico no controle da dermatite atópica?
Muita gente tenta resolver os sintomas da dermatite atópica, recorrendo a pomadas caseiras ou dicas da internet. Mas o ideal é sempre buscar um profissional da saúde desde os primeiros sinais.
A dermatite, se mal tratada, pode evoluir para outras infecções na pele e afetar a qualidade de vida do paciente, principalmente pela coceira e pelo impacto na autoestima.
O acompanhamento médico é importante porque ajusta o tratamento ao longo do tempo, ainda mais em crianças em fase de crescimento, gestantes e inclusive idosos, cujas necessidades tendem a mudar com o tempo.
Em casos mais graves, o dermatologista pode indicar tratamentos com imunomoduladores, fototerapia ou medicações mais específicas.

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Os cuidados no dia a dia fazem a diferença no controle dos sintomas
Além do tratamento, o controle da dermatite tópica exige uma rotina de cuidados simples, mas que devem ser mantidos todos os dias. A alimentação equilibrada, o controle do estresse e o cuidado com o ambiente, como evitar o acúmulo de poeira e o uso de roupas sintéticas, ajudam bastante na melhora dos sintomas.
Outra recomendação é ter sempre em casa os medicamentos indicados para controlar as crises mais intensas, como os antialérgicos e anti-histamínicos tópicos, que aliviam a coceira e reduzem a inflamação quando usados de forma correta.
Viver com dermatite atópica é possível
Conviver com uma condição crônica, como a dermatite atópica, pode ser desafiador, mas com informação, rotina de cuidados e acompanhamento médico, é possível manter a pele saudável e reduzir as crises.
O mais importante é entender que o tratamento não se resume somente ao momento da crise: ele acontece todos os dias, inclusive nos detalhes.
Respeitar os limites da pele, evitar os gatilhos conhecidos e investir em produtos adequados são atitudes que fazem toda a diferença. Com atenção e constância, é possível ter uma pele mais confortável e uma vida com menos coceira e preocupação.
Farmacêutica responsável
Eliane Messias Rodrigues – CRF ativo: CRF/SP 43.895
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