Situação de Bolsonaro não deveria ser agravada até o fim de julgamento, avaliam interlocutores de ministros do STF

A uma semana do início do julgamento do ex-presidente Bolsonaro na Primeira Turma, a expectativa dentro do Supremo Tribunal Federal (STF) é que não sejam adotadas novas medidas contra ele, que seria mantido em prisão domiciliar até o final do julgamento.
Segundo interlocutores de ministros do STF, não faria sentido agravar a situação de Bolsonaro num momento em que a ação penal do golpe vai chegando à sua conclusão para o núcleo crucial.
Nesta segunda-feira (25), o ministro Alexandre de Moraes deve encaminhar à Procuradoria Geral da República (PGR) a resposta dos advogados de Bolsonaro aos questionamentos sobre risco de fuga e quebra de cautelares por parte do ex-presidente.
Após o parecer do procurador-geral Paulo Gonet, Moraes tomará sua decisão.
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A defesa de Bolsonaro reforçou o pedido de revogação da prisão domiciliar do ex-presidente ao encaminhar os novos esclarecimentos solicitados pelo ministro Alexandre de Moraes.
O primeiro pedido ainda não foi analisado por Moraes. Agora, a expectativa é que a prisão domiciliar seja mantida.
Pesquisa Quaest divulgada nesta segunda (25) mostra que a maioria dos brasileiros, 55%, considera justa a prisão domiciliar de Bolsonaro, enquanto 39% afirmam ser injusta.
Isso mostra que, ao se aproximar o julgamento do ex-presidente, a maioria dos brasileiros não repudiam uma prisão dele.
Por sinal, oscilou positivamente o percentual dos que avaliam que Bolsonaro participou de um plano de tentativa de golpe.
O percentual subiu de 49% para 52%, passando a ser a maioria dos entrevistados. Os que dizem que não são 36% -eram 35% na última pesquisa.
O julgamento de Bolsonaro e outros sete réus começa na próxima semana, no dia 2 de setembro. O presidente da Primeira Turma do STF, Cristiano Zanin, reservou ainda sessões nos dias 3, 9, 10 e 12 para o julgamento do núcleo crucial, o que seria responsável pelo planejamento de uma tentativa de golpe no país.
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