
Mulher morreu após desenvolver uma infecção generalizada causada por um procedimento médico inadequado.
Cristiano Estrela/NCI TJSC
Um médico que atuava em Campo Alegre, no Norte de Santa Catarina, foi condenado a 30 anos de prisão em regime fechado pela morte de uma paciente, em dezembro de 2012. A mulher morreu após desenvolver uma infecção generalizada causada por um procedimento médico inadequado.
O julgamento aconteceu na segunda-feira (25), no Tribunal do Júri de São Bento do Sul. A decisão acolheu a tese do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que acusou o médico de homicídio com dolo eventual, qualificado por motivo torpe.
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O caso começou quando a paciente procurou atendimento em um hospital público da cidade. O médico, que estava de plantão pelo SUS, prescreveu soro intravenoso e, horas depois, realizou uma infiltração na perna da mulher, um procedimento não indicado para o quadro clínico dela.
Segundo o MPSC, além de desnecessária, a aplicação foi feita sem técnica adequada, sem acompanhamento de enfermagem e sem registro no prontuário. O médico também cobrou dinheiro pelo serviço, o que é proibido em atendimentos pelo SUS. A infiltração resultou em uma infecção bacteriana na coxa da paciente.
Mesmo após relatar dor e dormência, a mulher foi mandada para casa. Ela retornou ao hospital no mesmo dia, mas recebeu apenas um comprimido.
No dia seguinte, foi atendida por outro médico, já em estado grave, e transferida para outro hospital, onde morreu em 18 de dezembro, vítima de infecção generalizada.
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