Ex-policial está entre presos em megaoperação contra esquema bilionário do PCC


PF cumpre mandados em operação contra PCC em Paulínia
Um ex-policial civil está entre os presos da megaoperação realizada nesta quinta-feira (28) pelo Ministério Público de São Paulo contra um esquema bilionário praticado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis.
O homem foi detido pela Polícia Federal (PF) nesta manhã em Paulínia, cidade no interior de São Paulo e distante 120 km da capital paulista.
Segundo os investigadores, todas as ordens de busca e apreensão determinadas pela Justiça foram realizadas antes das 10h. No entanto, dos 14 mandados de prisão preventiva, apenas cinco foram cumpridos até agora.
Fontes das operações policiais contaram que alguns alvos tinham deixado os imóveis antes da chegada das equipes da PF. Agora, eles estão apurando se houve vazamento de informações.
LEIA MAIS:
PCC estava em todo o setor de produção de cana de açúcar e obrigava empresários a venderem propriedades, diz MP
Grupo criminoso obrigava fazendeiros e donos de usinas a vender suas propriedades
MP: ligado ao PCC, empresário usou lojas de conveniência para camuflar lavagem de dinheiro
Receira: facção controla ao menos 40 fundos com patrimônio de mais de R$ 30 bilhões
Avenida Faria Lima, famoso centro financeiro do país, concentra 42 alvos de megaoperação contra PCC
As investigações da PF e da Receita descobriram oito grupos criminosos atuando no setor de combustíveis. Alguns deles fazem interface e associação com o PCC, especialmente na aquisição de bens, como distribuidoras, transportadoras e postos. Depois, atuavam na ocultação do dinheiro ilícito.
Entre os alvos da PF e da Receita, estão pessoas condenadas por tráfico de drogas e ex-presidiários que figuram como donos de postos e cotistas de empresas suspeitas de lavar recursos da venda de álcool adulterado — ou sem procedência.
Ainda segundo os investigadores, os negócios pertencentes a estas organizações criminosas, com sociedade do PCC, fraudavam a compra e venda de álcool, produziam notas frias subfaturadas e, assim, vendiam milhões de litros de combustíveis sem recolher os devidos impostos, provocando concorrência desleal no setor.
Operação do MP-SP com Receita e Polícia Federal
TV Globo
Adicionar aos favoritos o Link permanente.