
Ivanilde Souza da Silva, de 42 anos, faria aniversário um dia após sua morte
Arquivo pessoal
Assassinada a golpes de tábua de cortar carne na cabeça, Ivanilde Souza da Silva faria 43 anos na última quarta-feira (27), data esta que compartilhava com o filho que completou 16 anos, e que nunca mais será esquecida por todos da família.
👉 Contexto: Gerbeson do Nascimento Soares, de 26 anos, ex-companheiro e principal suspeito pelo crime, foi entregue à Polícia Civil pelo pai e o tio na manhã de quarta (27) em Rio Branco. Os familiares levaram-no até a Delegacia de Flagrantes (Defla). No local, Gerberson confessou o crime e recebeu voz de prisão.
Em conversa com o g1, Elaine Thais, sobrinha de Ivanilde, contou que, além do menino de 16 anos, a tia também mãe de outro de 18 anos e o menor de apenas 5 anos, que possui Transtorno do Espectro Autista (TEA). Todos estes agora são órfãos de mãe e pai, que morreu há 10 meses em um acidente de trânsito em Goiânia.
“Ela era uma pessoa batalhadora e sorridente, uma ótima mãe, uma pessoa maravilhosa. Onde ela chegava, cativava as pessoas”, disse ela.
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Elaine frisou que a vítima vivia há seis meses com o suspeito e que já havia tentado sair do relacionamento por ter sido agredida anteriormente.
“Ele já era agressivo com ela, ele batia nela antes com capacete. Inclusive, eles tinham separado há uns 15 dias”, afirmou.
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A sobrinha relatou também que a família recebeu informações de que o suspeito realmente saiu do hospital e ligou para Ivanilde.
“Ele bebeu, estava transtornado e ela estava dormindo, e aí ele foi lá e fez isso”, lamentou.
Crime
Vítima foi assassinada dentro da própria casa no Segundo Distrito de Rio Branco
Deyvi Chessmon/Arquivo pessoal
Ivanilde Souza da Silva, de 42 anos, era funcionária terceirizada da empresa JWC Multisserviços desde 2022, lotada na Companhia de Armazéns Gerais e Entrepostos do Acre (Cageacre), e foi assassinada dentro da própria casa pelo ex-companheiro na Travessa do Chicão, bairro Belo Jardim I, no Segundo Distrito de Rio Branco.
Uma testemunha relatou à polícia que ouviu uma intensa discussão por volta das 18h30 na residência dela. Depois, viu Geberson correndo para fora do local. Ela entrou na casa e encontrou a vítima caída na cama.
Ainda conforme o relato, a cabeça de Ivanilde estava muito machucada e sangrando. Ao lado da cama, havia uma tábua de cortar carne suja de sangue. A testemunha chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a Polícia Militar.
As investigações apontam também que Gerberson estava hospitalizado após sofrer uma overdose. Ele recebeu alta nessa terça e Ivanilde foi buscá-lo no hospital e, posteriormente, foi assassinada.
Órgãos se manifestaram sobre a morte de Ivanilde Souza da Silva, de 42 anos
Reprodução
A PM disponibiliza os seguintes números para que a mulher peça ajuda:
(68) 99609-3901
(68) 99611-3224
(68) 99610-4372
(68) 99614-2935
Veja outras formas de denunciar casos de violência contra a mulher:
Polícia Militar – 190: quando a mulher está correndo risco imediato;
Samu – 192: para pedidos de socorro urgentes;
Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres;
Qualquer delegacia de polícia;
Secretaria de Estado da Mulher (Semulher): recebe denúncias de violações de direitos da mulher no Acre. Telefone: (68) 99930-0420. Endereço: Travessa João XXIII, 1137, Village Wilde Maciel.
Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa;
Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia;
WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008;
Ministério Público;
Videochamada em Língua Brasileira de Sinais (Libras).
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