
A banda Sepultura programa para 2026 a edição de EP com quatro músicas inéditas gravadas com o baterista Greyson Nekrutman (à direita)
Stephanie Veronezzi / Divulgação
♫ ANÁLISE
♬ Álbuns recentes como Quadra (2020) sinalizaram que o pulso do Sepultura ainda pulsa com força e energia vital. Ainda assim, a decisão da banda mineira de heavy metal de encerrar as atividades após a corrente turnê de despedida Celebrating life through death, em rotação pelo mundo desde março de 2024, poderia suscitar teses de decadência do grupo.
Por isso mesmo, a iniciativa do Sepultura de sair de cena em 2026 com EP com quatro músicas inéditas é louvável e afasta qualquer fantasma de declínio ou ruína dessa banda que pôs o Brasil no mapa-múndi do metal. O disco demole qualquer teoria de decadência.
As músicas já estão gravadas. O EP é o primeiro registro de estúdio do quarteto com o baterista Greyson Nekrutman, músico norte-americano convidado em fevereiro de 2024 a ocupar o posto de Eloy Casagrande, que decidiu deixar o Sepultura – grupo no qual estava desde 2011 – a um mês do início da turnê de despedida em saída inesperada.
Ou seja, enquanto celebra o passado de glória com o fiel público na derradeira turnê mundial, o Sepultura foca no presente e apresenta material inédito no ato final, mostrando que o término da banda nada tem a ver com esgotamento criativo.