Suspeitos são membros de um grupo que cobrava taxas ilegais sobre venda de água mineral e que incendiou um comércio após recusa de pagamento. As três pessoas foram presas em General Carneiro, suspeitas de extorsão qualificada, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa
Polícia Civil de Mato Grosso
Três pessoas foram presas suspeitas de extorquir comerciantes e ameaçar empresários em General Carneiro, a 449 km de Cuiabá, durante a Operação Orcrim 66, deflagrada pela Polícia Civil nesta sexta-feira (25). Outros 14 mandados judiciais também foram cumpridos, entre buscas domiciliares, quebras de sigilo bancário e medidas cautelares.
Segundo a polícia, os alvos são investigados por extorsão qualificada, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. As investigações apontam que o grupo integraria uma facção criminosa atuante na cidade e impunha pagamentos ilegais sobre a comercialização de água mineral em estabelecimentos locais.
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Ainda de acordo com a Polícia Civil, os suspeitos exigiam um valor chamado de “caixinha” sobre cada galão vendido e, em alguns casos, obrigavam a compra de produtos fornecidos por empresas ligadas ao grupo. Empresários que se recusavam a pagar ou acatar as imposições eram ameaçados. Um dos comerciantes teve o estabelecimento incendiado, segundo a investigação.
As investigações apontaram que os suspeitos exigiam um valor chamado de “caixinha” sobre cada galão vendido
Polícia Civil de Mato Grosso
Durante as extorsões, os suspeitos também realizavam videochamadas para intimidar as vítimas, exibindo armas. A operação, batizada de “Orcrim 66”, faz referência ao quilômetro 66 da BR-070, onde é localizado General Carneiro.
A ação integra a Operação Inter Partes, no âmbito do programa Tolerância Zero às Facções Criminosas do Governo de Mato Grosso, e também a segunda fase da Operação Renorcrim, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
