
Ivann Milhomem, de 28 anos, tem cerca de quatro semanas para arrecadar o dinheiro e iniciar o tratamento em Tel Aviv, que agora enfrenta uma escalada nos conflitos da região. Ivann Milhomem tem quatro semanas para arrecadar o dinheiro e iniciar o tratamento em Tel Avi
Reprodução/Instagram
Diagnosticado com um tipo agressivo de câncer que não responde aos tratamentos convencionais disponíveis no Brasil, o jornalista Ivann Milhomem, de 28 anos, iniciou uma campanha de arrecadação online para custear um tratamento de quatro semanas em Israel, no valor de R$ 715 mil. O montante cobre apenas o procedimento médico.
Com um melanoma nodular metastático, descoberto em abril de 2022 após notar um pequeno caroço no couro cabeludo, logo os exames revelaram que se tratava de uma metástase. Desde então, Ivan passou por 11 ciclos de quimioterapia e 35 de imunoterapia, além de participar de uma pesquisa experimental conduzida por um laboratório norte-americano.
Pequeno caroço no couro cabeludo, que levou Ivann a descobrir a doença
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A ideia do tratamento surgiu a cerca de ano, mas teve que ser colocada em pausa devido ao conflito entre Israel e o Hamas, que teve início em outubro de 2023. Na época, Ivan e a família já haviam iniciado os trâmites para a viagem, como a emissão de passaportes. Com a eclosão do conflito, o plano precisou ser cancelado.
“Na época, resolvemos fazer a quimio. ‘Vamos te dar uma quimio para você realmente assim ganhar tempo’. Esse era o objetivo, ganhar tempo e, em outras palavras, para eu não morrer até chegar em Israel”, contou.
A alternativa israelense era, então, a única disponível. Hoje, o mesmo procedimento também pode ser feito nos Estados Unidos, mas o custo é muito mais alto, cerca de R$ 7 milhões.
O jovem contou ainda que tentar a quimioterapia foi um “tiro no escuro”, porque ela não costuma apresentar resultados no seu tipo de câncer, porém por um ano ela surtiu efeito, o que possibilitou que ele tivesse mais tempo para poder dar início ao tratamento em Tel Aviv.
Ivann durante tratamento médico
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Corrida contra o tempo
Com o agravamento dos conflitos na região, inclusive com a entrada do Irã, Ivan acredita que a janela de oportunidade para realizar o tratamento pode se fechar a qualquer momento.
“Sabemos que é uma coisa que a qualquer momento pode mudar. O aeroporto pode ser fechado, o centro médico ser bombardeado. Tomara que não aconteça, mas é uma possibilidade que a gente trabalha”, afirmou.
Com metástases já detectadas em órgãos como fígado e pâncreas, o médico que acompanha o caso alertou que o tratamento precisa começar nas próximas semanas.
“E aí a gente falou para ele ‘Ah, beleza, a gente tem tem aí uns 6 meses para tentar arrecadar esse dinheiro’. Ele já falou na hora ‘Não dá tempo, 6 meses não dá tempo, tem que ser o mais rápido possível, é coisa de poucas semanas”, lembrou.
Agora, ele, familiares e amigos se mobilizam em uma corrida contra o tempo para viabilizar o tratamento que pode salvar sua vida.
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