Onça-pintada suspeita de matar caseiro ganha nome e se adapta bem ao novo lar


Onça vive em um recinto mantido pelo Instituto Ampara, em São Paulo. Apesar da captura, não há confirmação de que a onça é a mesma que atacou o caseiro. Onça-pintada que atacou homem no Pantanal é transferida para mantenedora em Amparo (SP)
Acervo Instituto Ampara Animal
A onça-pintada capturada em abril deste ano suspeita de atacar e matar o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, na região de Touro Morto, no Pantanal de Aquidauana (MS), ganhou um nome. O felino foi batizado como Irapuã, que significa “agilidade e força” em tupi-guarani.
O animal é mantido em um recinto Instituto Ampara, em São Paulo e se adapta bem a nova casa.
Conforme o responsável técnico e médico-veterinário do instituto, Jorge Salomão Júnior, a onça ainda está reclusa, mas a adaptação está evoluindo conforme o esperado.
“Do ponto de vista clínico, ele está evoluindo muito bem, está comendo cada vez melhor. Ele chegou com episódios de diarreia, e isso foi sendo corrigido também. Hoje, as fezes já estão firmes. Então, ele vem se apresentando bem — e a parte comportamental também, né? Ele vem se adaptando super bem”, Jorge Salomão Júnior.
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Entenda o caso
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O caseiro Jorge Avalo morreu após ser atacado por uma onça-pintada às margens do rio Miranda, no Pantanal de Aquidauana, em 21 de abril.
O homem trabalhava no local havia 16 anos e já estava acostumado com a presença de onças na região.
A Polícia Militar Ambiental (PMA) encontrou pegadas do felino junto a pedaços do corpo do homem, que trabalhava como caseiro em um pesqueiro.
Outras partes do cadáver foram encontradas em uma toca do felino, em uma área de mata fechada, a cerca de 300 metros de onde a vítima foi atacada.
No corpo da vítima foram encontrados sinais que indicam mordidas e unhas de animal. Laudo necroscópico, elaborado pelo Núcleo Regional de Medicina Legal de Aquidauana, concluiu que o caseiro morreu devido a uma mordida de onça-pintada na cabeça.
Equipes da Polícia Militar Ambiental (PMA) capturaram a onça em 24 de abril, que estava rondando o pesqueiro. As buscas pelo animal foram determinadas pelo governo de Mato Grosso do Sul.
Apesar da captura, não há confirmação de que a onça é a mesma que atacou o caseiro.
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