Família denuncia babá por suspeita de dopar bebê de 11 meses dentro de apartamento em Belém


Imagens de câmera de segurança registraram o ocorrido. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil. Família denúncia babá por suspeita de dopar bebê em Belém
Câmeras de monitoramento
Uma família denunciou uma babá por suspeita de dopar um bebê de 11 meses dentro de um apartamento, no bairro do Umarizal, em Belém. O caso ocorreu na noite da quinta-feira (19) por volta das 22h.
Segundo os pais da criança, o comportamento do bebê após tomar a mamadeira levantou suspeitas. Foi então, que eles decidiram verificar as câmeras de segurança instaladas no imóvel.
Conforme informações do pai, ao longo da gravação, o que mais chamou atenção foi o fato de ela manter o tempo todo algo escondido na mão esquerda, de maneira muito cuidadosa.
Nas imagens, é possível ver o momento em que a babá segura o bebê apenas com um braço, aparentemente para manter o objeto seguro na outra mão. Sentada, ela cobre parcialmente o rosto da criança com uma fralda e, com a mão esquerda, insere algo, que aparenta ser um comprimido, em sua boca. A criança tenta resistir, mas ela empurra suposto comprimido, e então sorri.
Ao g1, o pai do bebê disse que ele e a esposa agiram com cautela. Saíram do quarto e revistaram a mochila da funcionária. Onde foi encontrado medicamentos psiquiátricos de uso adulto: quetiapina 50mg (antipsicótico com efeito sedativo) e sertralina 50mg (antidepressivo com ação ansiolítica).
Segundo os pais, a funcionária negou ter cometido o ato. Porém, depois confessou ter dado o remédio, mas se recusou a dizer qual era. Só após insistência afirmou que seria “Calman”.
“Ao longo da semana, já vínhamos observando nosso filho com comportamento incomum: sono excessivo durante o dia, sonolência durante as refeições e episódios em que ficava claramente “grogue”, com dificuldade para manter os olhos abertos. Só depois entendemos o que poderia estar acontecendo”, disse a família.
Após o episódio, a criança foi levada hospital, onde foi realizada lavagem gástrica e administração de carvão ativado, por orientação médica, a fim de minimizar os efeitos da substância ingerida.
A família também informou que acionou a polícia militar e a babá foi conduzida até a Delegacia de Proteção a Criança e Adolescente (Data). Onde segundo eles, foi lavrado apenas um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), e a técnica de enfermagem foi liberada no mesmo dia, saindo da delegacia em uma motocicleta.
Na sexta-feira (20), a criança foi levada para realizar exame toxicológico no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves. O laudo oficial deverá sair no prazo de 15 a 30 dias.
A família registrou boletim de ocorrência e encaminhou o caso às autoridades. A Polícia Civil informou que um inquérito policial foi instaurado pela DATA para apurar o caso e perícias foram solicitadas. O g1 tentou contato com a defesa da babá mas não obteve retorno até a última atualização da reportagem.
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