Pai de Juliana Marins lembra de viagens em família e cita lágrimas da filha em Portugal


Segundo Manoel, a família buscava hotéis econômicos e se alimentava em fast foods. Assim, correu o mundo. Juliana morreu após cair de um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, e seu corpo foi retirado do abismo 4 dias depois. Resgate do corpo de Juliana Marins: abismo e dificuldades enfrentadas pelos socorristas
Manoel Marins, pai de Juliana Marins — a brasileira que morreu após cair de um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia — fez uma postagem nas redes sociais sobre a paixão da filha por viajar e os momentos marcantes que viveram juntos ao redor do mundo.
“Desde cedo, mesmo antes das meninas nascerem, eu e Estela [a mulher dele e mãe de Juliana] já botávamos os pés na estrada”, escreveu. “Quando elas nasceram, continuamos a realizar as viagens. Primeiramente de carro e depois de avião. Visitamos todas as capitais do Nordeste do Brasil, além de outros lugares turísticos, como Gramado, Jalapão, Lençóis Maranhenses e Bonito.”
Segundo Manoel, a família buscava hotéis econômicos e se alimentava em fast foods, porque “o importante era estarmos juntos”.
A memória mais marcante, segundo ele, foi registrada em Lisboa, em Portugal:
“Lembro das lágrimas de emoção da Juju ao visitar o Castelo de São Jorge. Da sua alegria quando fomos à Catedral de Notre-Dame e à Praça de São Pedro. Sempre juntos, sempre unidos, sempre sorridentes.”
Juliana, de 26 anos, se formou em Direito, mas decidiu tirar um período sabático para viajar sozinha pela Ásia. Ela chegou a subir o Monte Rinjani, um dos pontos mais altos da Indonésia, mas acabou escorregando e caindo de uma altura de cerca de 600 metros. O corpo foi resgatado por equipes de elite em uma operação que durou dias, enfrentando neblina e precipícios.
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Manoel, pai de Juliana, falou sobre as viagens da família
Reprodução
No relato, o pai de Juliana diz que a filha herdou a sede de viver dos pais:
“Juliana herdou de nós essa vontade de viver, de ser, de experimentar e não apenas de existir. Como dizia Belchior, viver é melhor que sonhar. E viver intensamente é melhor ainda.”
Ele encerra a homenagem com uma declaração emocionada:
“Minha menina, em seus poucos 26 anos de vida, viveu mais do que muitos com o dobro ou o triplo da sua idade. Ju, lembrarei sempre do teu sorriso, das tuas tiradas espirituosas, do teu carinho. E, como sempre te disse, continuo aqui para você.”
Em outra postagem na sequência, Manoel escreveu:
“A vida é muito breve. Como diz a bíblia, é um sopro, passa rapidamente. Então, vivamos, pois foi para isso que o Altíssimo nos criou. Para viver e ser feliz.”
Manoel e a filha Juliana
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