
Informações são da Polícia Civil. Esquema era realizado em pagamentos feitos em dinheiro, segundo delegado. Homem foi demitido e indiciado por furto qualificado por fraude. g1 tenta identificar a defesa dele. Funcionário desvia R$ 338 mil cadastrando falsos descontos em notas fiscais
Um homem de 42 anos, funcionário de um posto de combustíveis de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, é suspeito de desviar pelo menos R$ 338.669,26 do estabelecimento através de um esquema de fraudes em notas fiscais.
O delegado Derick Moura Jorge, responsável pela investigação, afirma que quando o pagamento era feito em dinheiro, o atendente cadastrava falsos descontos nas notas e ficava com a diferença de valores para si. Veja exemplos na imagem abaixo.
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Funcionário cadastrava falsos descontos em notas fiscais e ficava com o dinheiro do “desconto”, segundo delegado
Cedidas pela Polícia Civil
As investigações apontam que os crimes aconteceram entre março de 2024 e maio de 2025.
O esquema foi descoberto após um cliente questionar porque não recebeu o desconto que saiu impresso na nota fiscal de uma compra, levando a empresa a realizar uma auditoria interna que revelou a extensão da fraude.
“Após ser confrontado, o investigado negou os fatos e foi demitido por justa causa. Diante das evidências, a Polícia Civil representou pela quebra de sigilo bancário e fiscal, bem como pelo sequestro de bens e valores do investigado (bloqueio de valores em contas bancárias e aplicações financeiras do investigado, restrição de venda de veículos e a indisponibilidade de bens imóveis em seu nome). A medida foi deferida pelo Poder Judiciário local”, explica o delegado.
O inquérito foi finalizado pela Polícia Civil e o ex-funcionário do posto foi indiciado pelo crime de furto qualificado pela fraude, cuja pena pode variar de dois a oito anos de prisão, mais multa.
O nome do suspeito não foi revelado e o g1 tenta identificar a defesa dele.
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Funcionário registrava descontos falsos de até 99% nas notas fiscais, diz delegado
Funcionário cadastrava falsos descontos em notas fiscais e ficava com o dinheiro do “desconto”, segundo delegado
Cedida pela Polícia Civil
De acordo com o delegado Derick Moura Jorge, o suspeito registrava descontos falsos de até 99% nas notas fiscais.
Ele fazia isso se aproveitando da posição de confiança e do acesso que tinha ao sistema interno de vendas e emissão de notas fiscais, já que desempenhava as funções de atendente, caixa e emissor de notas fiscais do posto, explica.
“Entre março de 2024 e maio de 2025, o indivíduo aplicava descontos de até 99% nas notas fiscais emitidas, mantendo, contudo, a cobrança do valor integral aos clientes e apropriando-se da diferença. A fraude era efetuada quando os pagamentos eram realizados em dinheiro, e a manipulação do sistema era feita utilizando sua senha de acesso pessoal, registrando apenas valores irrisórios como receita da empresa”, detalha.
O esquema começou desviando pequenos valores, mas os montantes foram aumentando ao decorrer do tempo, diz o policial.
“A fraude iniciou com valores de R$ 20 em março de 2024, escalando para patamares de R$ 38 mil a R$ 39 mil mensais no período final do esquema”, destaca Jorge.
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