PMs vão trabalhar dentro de ônibus para evitar novos ataques em SP, diz Nunes


PMs vão trabalhar dentro de ônibus para evitar novos ataques em SP
Para evitar mais ataques em São Paulo, policiais militares vão começar a trabalhar dentro dos ônibus que rodam a cidade.
O reforço policial para tentar conter a onda de depredações foi anunciado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) na quarta-feira (23).
Segundo ele, os agentes será deslocados dentro da Operação Delegada, que são os policiais militares que, na folga, fazem um “bico oficial” – neste caso, trabalhando para a Prefeitura de São Paulo e sendo remunerados pela gestão municipal. A atuação deles será nas linhas com registro de mais ataques.
Eu pedi para o vice-prefeito, Coronoel Mello Araújo, que é o que coordena a nossa Operação Delegada, para que a gente possa colocar alguns policiais da Operação Delegada dentro dos ônibus, e o vice-prefeito está tratando disso junto com a SPTrans para poder, nos próximos dias, isso ser iniciado.
Além disso, 50 viaturas da Guarda Civil Metropolitana estão empenhadas para fazer ronda nesses locais de maior ataque.
Desde junho, mais de 800 ataques foram registrados na capital e na Região Metropolitana. Só na capital, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT) e a SPTrans contabilizam 545 veículos depredados, sendo 4 na quarta.
Um dos deles aconteceu na madrugada desta quinta-feira (24). Um ônibus que estava ainda sem passageiros foi atacado quando passava na Avenida Washington Luís, na Zona Sul.
Presos
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, 17 pessoas foram presas acusadas de participação no apedrejamento de ônibus. A polícia, no entanto, ainda não divulgou a motivação por trás dos ataques. Uma das hipóteses é a disputa dentro do sindicato de trabalhadores da categoria.
A prisão mais recente foi a de um homem de 32 anos em flagrante em Guarulhos na noite de quarta.
Entre os detidos está também um servidor público que era motorista concursado havia mais de 30 anos da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e acabou demitido após ser preso.
Edson Campolongo, que ganhava salário de quase R$ 11 mil líquidos por mês, é apontado como autor de ao menos 17 ataques. Ele usava até o carro oficial da empresa nas ações.
As idas e vindas do carro com a logomarca da CDHU foram componente fundamental na investigação para chegar até ele.
O Virtus branco que Edson usava para transportar o chefe de gabinete da empresa foi visto em imagens de circuitos de segurança nos locais de vários ataques na região do ABC Paulista. (Veja no vídeo abaixo.)
O irmão dele também foi preso acusado de participação. A reportagem tenta contato com a defesa dos dois presos.
Carro trafega na Avenida Pereira Barreto
Ataque a ônibus da Rod. Raposo Tavares
Reprodução/Aconteceu em Cotia
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