
Criança de 7 anos recebe transplante de coração de jovem que morreu atropelado em SC
❤️Uma força-tarefa entre Santa Catarina e São Paulo permitiu que o coração de Elian Roberto Santiago, de 22 anos, fosse doado para uma criança de 7 anos. O jovem morreu após ser atropelado na sexta-feira (1º) e a operação de transplante foi realizada no sábado (2).
A doação saiu de São Bento do Sul, no Norte do estado, e seguiu até São Paulo. Elian estava internado no Hospital São Vicente de Paulo, em Mafra. Além do coração, também foram captados fígado e rins, que foram levados para Florianópolis em uma aeronave da Polícia Militar.
✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp
A equipe médica paulista chegou a Santa Catarina pela manhã, mas enfrentou dificuldades para pousar por conta do forte nevoeiro. O avião precisou mudar a rota e aterrissou em Rio Negrinho. De lá, os profissionais foram levados até Mafra por um bombeiro militar.
Com o tempo de isquemia, um helicóptero Arcanjo pousou no pátio de uma igreja em frente ao hospital por volta das 13h, embarcou o coração, dois médicos e os equipamentos, e seguiu direto para o aeroporto de Rio Negrinho.
🫀Isquemia é o tempo máximo em que um órgão pode ficar fora do corpo sem perder sua viabilidade para transplante. No caso do coração, esse limite é de até quatro horas. Passado esse período, há risco de danos irreversíveis ao tecido, o que pode comprometer o sucesso da cirurgia.
Elian era um paciente internado no Hospital São Vicente de Paulo, em Mafra
CBMSC
LEIA MAIS:
Bebê nasce em carro do avô a caminho da maternidade em Florianópolis; VÍDEO
R$ 38 milhões e 2 km de obra: praia de SC terá faixa de areia alargada pela 4ª vez em 27 anos
🫀Como funciona um transplante de coração?
Como é um procedimento padrão de transplante de coração
A cirurgia de transplante de coração é feita no Brasil desde 1968, como última alternativa de tratamento para problemas cardíacos. Após a cirurgia, o paciente fica hospitalizado por cerca de 30 dias, para que a equipe médica garanta que o novo órgão não vai ser rejeitado.
Em geral, uma pessoa que recebe diagnóstico para o transplante de coração está em um quadro tão grave que não consegue fazer até as atividades mais simples, como caminhar em casa.
Há casos de pacientes que precisam passar meses hospitalizados, sendo monitorados, no aguardo do novo órgão. Segundo os especialistas ouvidos pelo g1, a espera pela doação varia de 2 a 18 meses.
A espera não leva em conta se o paciente fará a cirurgia em um hospital público ou na rede particular.
ordem cronológica de cadastro;
gravidade do quadro – quem necessita de internação constante (com uso de medicamentos intravenosos e de máquinas de suporte para a circulação do sangue) tem prioridade em relação à pessoa que aguarda o órgão em casa;
tipo sanguíneo – um paciente só pode receber um órgão de um doador que tenha o mesmo tipo sanguíneo que ele;
porte físico – alguém alto e mais pesado não pode receber o coração de um doador muito mais baixo e magro que ele;
e distância geográfica – o órgão precisa ser retirado do doador e transplantado no receptor em um intervalo de até 4 horas. Ou seja: não é possível fazer a ponte entre duas pessoas que estejam muito distantes uma da outra.
VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias