
Unicamp formaliza compra de área para construção de novas moradias universitárias
Durante um evento para a assinatura da compra do terreno para ampliação da moradia estudantil da Unicamp, realizado nesta segunda-feira (11), o reitor Paulo César Montagner afirmou que a universidade prevê uma reforma “robusta” nas atuais residências e estuda criar alojamentos no campus de Limeira (SP).
No evento, a Unicamp apresentou o projeto de ampliação das moradias, que prevê a construção de 1,4 mil novas vagas para estudantes de baixa renda que vivem fora de Campinas (SP). Parte das novas residências deverá ser inaugurada até o fim da atual gestão, que tem quase quatro anos pela frente.
A universidade informou que o terreno adquirido, de 45,2 mil m², já tem área construída, o que deve acelerar a conclusão das obras. De acordo com o reitor, a parte que será somente reformada deve ser entregue primeiro, mas o processo de realocação dos estudantes ainda será avaliado.
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“Nós vamos estudar bem como vai ser esse fluxo a partir de agora, também a partir das condições que tivemos de fazer a construção o mais rápido possível. Agora, a nossa proposta é dobrar, no mínimo dobrar o número de vagas e melhorar as condições da moradia atual. Para isso, temos que trabalhar articulados entre o novo e o que já temos para poder fazer um trabalho de futuro e tornar o projeto de moradia maior, mais robusto e mais acessível e sustentável”, disse o reitor.
Fachada da moradia estudantil da Unicamp, em Campinas (SP)
Reprodução/EPTV
Problemas estruturais
De acordo com estudantes que residem nas atuais moradias oferecidas pela Unicamp, a notícia de ampliação é bem vista, uma vez que os alojamentos atuais apresentam diversos problemas estruturais e organizacionais que afetam a vida dos moradores.
Superlotação, fiação elétrica antiga, iluminação baixa, falta de segurança e sistema hidráulico desatualizado são problemas apontados por quem vive no alojamento no distrito de Barão Geraldo.
Segundo o reitor, a Unicamp está ciente das más condições dos alojamentos e, apesar de possuir programas permanentes de manutenção, pretende realizar uma reforma mais “robusta” nas atuais residências.
“São casas de 40 anos, e elas precisam de fato de uma manutenção mais robusta. Só que para fazer isso é necessário a gente ter como apoiar os estudantes com outra proposta de moradia em transição […]. Nós já temos alguns desenhos, alguns rascunhos e projetos. Temos recursos para isso, o ideal é iniciar imediatamente. Esperamos que o quanto antes isso possa ser concluído”, explicou Montagner.
Rachaduras em casa do bloco B, interditada por risco de desabamento há oito anos
Mobiliza Moras/Acervo
O projeto
As novas moradias serão construídas em um terreno de aproximadamente 45,2 mil m², localizado no distrito de Barão Geraldo, ao lado das moradias atuais. A compra do novo espaço, no valor de R$ 20 milhões, foi aprovada pelo Conselho Universitário (Consu) há três anos.
Segundo a Unicamp, metade do terreno adquirido será reservada para a construção das residências, e a outra metade deverá receber equipamentos de apoio administrativo, atividades esportivas e culturais e desenvolvimento de atividades de extensão universitária.
O galpão que existe hoje no terreno será adaptado para uso de programas de extensão e atividades culturais.
A nova área também prevê a criação de espaços para grupos artísticos estudantis de teatro, música e artes visuais, além da instalação de um refeitório e o uso de espaços verdes para atividades de convivência, hortas comunitárias e um campo de futebol.
O complexo deverá contar com um núcleo integrado de assistência ao estudante, que vai reunir estruturas de atendimento à política de permanência dos alunos na universidade.
Vista aérea da moradia estudantil e a demarcação da área adquirida de 44 mil metros quadrados
Reprodução Unicamp
*Estagiária sob supervisão de Bárbara Camilotti e Gabriella Ramos.
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