
Em Mato Grosso, havia 58 mil pessoas desempregadas (2,8%), entre abril e junho de 2025, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, divulgada nesta sexta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número deixa o estado em terceiro lugar no ranking das menores taxas de desemprego, atrás apenas de Santa Catarina (2,2%) e Rondônia (2,3%).
Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o número representa uma redução de 10 mil pessoas ( -14,8%). A taxa também é a menor do estado em comparação com o mesmo período dos últimos três anos (veja o gráfico acima).
Cuiabá também apresentou queda entre abril e junho de 2025, com a taxa de desemprego estimada em 3,6%, em comparação com o segundo trimestre de 2024 (4,9%).
🔎 O IBGE considera desocupadas as pessoas que não têm trabalho, mas estão ativamente procurando uma oportunidade, mesmo critério usado em padrões internacionais.
Ainda de acordo com o levantamento, a população empregada no segundo trimestre de 2025 em Mato Grosso foi estimada em 2 milhões de pessoas, sem variação estatisticamente significativa em relação ao mesmo período do ano anterior.
No entanto, os dados também revelaram que a taxa de informalidade no segundo trimestre do ano aumentou no estado, ficando em 35,5%, um aumento de 1,8 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2024.
Desemprego cai em 18 estados brasileiros
Mato Grosso tem a 3ª menor taxa de desemprego no país durante 2º trimestre de 2025, diz IBGE
Marcelo Camargo / Agência Brasil
No país, a taxa de desemprego ficou em 5,8%, uma queda em relação ao primeiro trimestre, quando a taxa era de 7%. Este é também o menor índice registrado para o período desde que o IBGE passou a calcular o indicador, em 2012. A taxa caiu em 18 estados brasileiros. Veja abaixo:
Tiveram queda na taxa de desemprego: Santa Catarina (SC), Goiás (GO), Espírito Santo (ES), Rio Grande do Sul (RS), Mato Grosso do Sul (MS), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Ceará (CE), Maranhão (MA), Alagoas (AL), Amapá (AP), Piauí (PI), Paraíba (PB), Minas Gerais (MG), Pará (PA), Bahia (BA), Amazonas (AM), Rio Grande do Norte (RN).
As maiores taxas de desemprego foram: Pernambuco (10,4%), Bahia (9,1%) e Distrito Federal (8,7%).
“O primeiro trimestre mostrou que o mercado conseguia absorver grande parte da mão de obra temporária. Agora, os dados do segundo trimestre confirmam que o mercado continua resistente a pioras, indicando um cenário positivo”, afirma William Araújo, pesquisador do IBGE.
Segundo ele, isso explica o aumento do emprego formal e a redução da informalidade no país.
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