
O momento da chegada de um filho é especial na vida de toda família. Ao mesmo tempo, é uma fase que pode ser assustadora, especialmente para as mulheres que precisam enfrentar, além da transformação na rotina, o puerpério. Durante as primeiras semanas do pós-parto, há mudanças físicas e hormonais, e o impacto disso nas mães é complexo, tanto físico como mentalmente.
Luana Ferreira da Silva, ao engravidar do segundo filho, decidiu que gostaria de um acompanhamento mais efetivo para cuidar do recém-nascido, coisa que não teve durante a primeira gestação. Ao visitar o Hospital Geral Unimed, de Ponta Grossa, conheceu o serviço Unimaterna, que oferece apoio às puérperas no ambiente hospitalar e pós-parto.
“Desde o centro cirúrgico já recebi uma assistência diferente. Na primeira hora, que é a hora de ouro, tive o contato pele a pele com o bebê, a tentativa de amamentação dentro do setor, além do acompanhamento quando fomos para o quarto”, afirma.
A hora de ouro citada por Luana é referente ao primeiro momento da mãe com o recém-nascido, que ajuda a continuar o vínculo que começou ainda durante a gravidez. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, o contato é tão importante porque favorece bebê e mãe a fazer uma transição do útero para o mundo, facilitando a amamentação e diminuindo as chances de hipotermia. O atendimento da Unimaterna prioriza a prática da hora de ouro, independentemente da via de parto realizado.
“Tanto a equipe de enfermagem que cuidava de mim, quanto os outros profissionais que faziam a assistência, estavam sempre preocupados em relação à amamentação, se a pega estava correta, se a sucção estava efetiva. Ter uma especialista ali o tempo todo fez toda a diferença, algo que não tive na primeira gestação”, confirma.
Todos os meses, cerca de 130 pacientes passam pelo projeto, recebendo o mesmo cuidado que Luana, que não é apenas na hora de ouro, mas uma assistência completa.
“Utilizamos materiais didáticos como bonecos, modelos de mamas e livros ilustrados explicativos. Oferecemos também avaliação e auxílio na amamentação, orientando sobre a posição e a pega corretas, bem como cuidados com as mamas, incluindo laserterapia, quando necessário. Também fornecemos orientações sobre os cuidados com o recém-nascido”, explica Maritza Ramos,coordenadora do projeto.
Cuidado antes, durante e depois do parto
O projeto Unimaterna não oferece apoio apenas durante o pós-parto. Antes, são realizadas oficinas sobre amamentação no curso de gestante do Hospital Geral Unimed. Luana participou de algumas das atividades e, mesmo gestando seu segundo filho, aprendeu coisas que na primeira gravidez teve dificuldades.
“A cada orientação que elas passavam, ficava mais fácil, porque as coisas aconteceram e eu já sabia como agir, sabia que era normal e o que tinha que fazer. Então a assistência especializada enriquece muito o período que é difícil na vida das mães, acalma nosso coração de verdade. Sai mais tranquila sabendo das etapas que aconteceriam ao longo da vida do bebê”, completa Luana.
Assim como Luana, Maria Daniela Machado não era mãe de primeira viagem quando chegou ao Hospital Geral da Unimed. Aos 47 anos, gestou seu terceiro filho e enfrentou um mundo de descobertas durante a gestação, parto e puerpério, bem como os da amamentação. No entanto, ao contrário de Luana, ela precisou ainda esperar um pouco para ter o filho nos braços, já que ele precisou passar um tempo na incubadora.
“Ele nasceu três semanas antes e, durante o tempo em que esteve na incubadora, a equipe me ajudava a dar o leite e monitorava toda hora nós dois. Fizeram o trabalho de aproximação e foi um alívio as ter perto de mim, porque apesar de sabermos e termos família, elas têm uma bagagem que faz a diferença”, completa Maria Daniela.
Na foto, Maria Daniela e seu bebê já em casa. Eles foram atendidos pela equipe da Unimaterna em Ponta Grossa.
Divulgação
Com todo o acompanhamento multiprofissional, ainda assim, Maria Daniela teve dificuldades na amamentação e, tentando entender o que acontecia e as dificuldades existentes, a equipe novamente fez a diferença no processo de aceitação.
“Eu tentei até o último minuto com ajuda delas. A gente tem a ideia e a expectativa de que vai dar certo, mas ter o acompanhamento delas ali quando esgotamos as possibilidades, me deixou mais tranquila”, diz.
Profissionais capacitados
Nem todas as mulheres conseguem amamentar seus filhos, contudo, em muitos casos, o aleitamento seria possível com mais informações. É exatamente por isso que a Unimaterna nasceu em janeiro de 2025. O objetivo era oferecer apoio às puérperas no ambiente hospitalar e no pós-parto, promovendo a autoconfiança materna e reduzindo os obstáculos da amamentação durante o puerpério.
Para isso, realiza ainda a capacitação de toda a equipe da unidade materno-infantil, preparando os profissionais de saúde para garantir as condições essenciais ao processo de amamentação. Ou seja, há uma certeza em todos os colaboradores da importância do cuidado com mãe e bebê desde a sua chegada ao Hospital.
“Realizamos treinamentos com abordagens que incluem os tipos de mamilos, fisiologia das mamas, técnicas de pega correta, armazenamento adequado do leite ordenhado, posições ideais para amamentar e os benefícios e riscos do uso de bicos alternativos e artificiais”, ressalta Enfermeira Fernanda Martins, consultora de amamentação.
Ter profissionais capacitados e o acompanhamento constante deles na fase da amamentação é fundamental para o período. No entanto, nem todas as mães podem contar com um atendimento individualizado como o da Unimaterna.
Por isso, a informação sempre é a melhor escolha para quem deseja amamentar e ter um puerpério mais tranquilo. Dessa forma, a equipe da Unimaterna separou mitos e verdades sobre a amamentação.
Mitos e verdades sobre a amamentação
Mitos e verdades sobre a amamentação