Prefeitura de Santos, SP, define posto fixo de vacinação antirrábica para cães e gatos


Santos oferece posto fixo de vacinação antirrábica para cães e gatos
Carlos Nogueira/Prefeitura de Santos
O Centro de Controle de Zoonoses e Vetor (CCZV) de Santos, no litoral de São Paulo, passou a oferecer a vacinação antirrábica para cães e gatos em um posto de imunização fixo na sede da unidade, toda quarta-feira, das 9h às 12h. Antes, o serviço era disponibilizado mediante agendamento prévio.
O posto fica na Avenida Rangel Pestana, 96, no bairro Vila Mathias. Para ter acesso à imunização, os tutores dos pets devem ter em mãos um comprovante de residência. Caso o animal não possua carteira de vacinação, a unidade fornecerá.
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A Prefeitura de Santos informou que as campanhas de vacinação antirrábica de cães e gatos foram suspensas pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, sendo realizada pela última vez na cidade em 2018.
Em 2021, considerando que não se verificava a variante 2 da raiva no Estado há mais de duas décadas, o Estado deliberou pela vacinação de cães e gatos em caráter de rotina, na profilaxia de contactantes de morcegos e no bloqueio de focos, além da suspensão das campanhas anuais a partir de 2022.
Por meio de nota, a chefe do CCZV, Boanerges Oliveira, disse que, mesmo sem as campanhas, o posto fixo na cidade é mantido e com funcionamento ao longo dos 12 meses do ano.
Raiva animal
Os animais clinicamente suspeitos à raiva são os que apresentam salivação abundante, dificuldade para engolir, paralisia nas patas traseiras no momento da agressão. “Caso você sofra um acidente com algum animal, é importante lavar a ferida com água e sabão em água corrente por 10 minutos”.
A chefe do CCZV orienta procurar imediatamente a policlínica ou, a depender do dia e horário, a unidade de saúde mais próxima. A conduta posterior a ser seguida será do médico durante atendimento, após avaliar o tipo de acidente e o histórico do animal, se é conhecido, desconhecido, se aparentava estar doente.
Doença em humanos
A hidrofobia, conhecida como raiva, é uma doença causada pelo vírus Lyssavírus, que costuma atacar o sistema nervoso após entrar no corpo por meio de uma lesão na pele – transmitida por arranhões, mordidas e lambidas de mamíferos infectados com a doença.
De acordo com a prefeitura, a raiva atinge o sistema nervoso até alcançar o cérebro, fase em que geralmente começam a aparecer os sintomas: mal-estar, febre baixa, dor de cabeça e garganta, falta de apetite, vômitos e desconforto gastrointestinal.
A evolução da doença causa encefalite e outros sintomas, como hiper excitabilidade, confusão mental, agressividade, alucinações, crises convulsivas, espasmos musculares, produção excessiva de saliva, dificuldade para respirar e engolir e febre alta.
A doença também causa hidrofobia, aerofobia e fotobia, que são espasmos após contato com água, corrente de ar ou excesso de claridade. O vírus também causa paralisia, que evolui para coma e morte por parada respiratória. A raiva é fatal em praticamente 100% dos casos, com exceções.
Morcegos
Os moradores que identificarem morcegos em ambiente doméstico – vivo ou morto – devem acionar o CCZV pelo número (13) 3228-3699. A retirada será realizada por técnicos capacitados e com uso de equipamentos de proteção individual (EPIs). Os animais serão enviados para análise no Instituto Pasteur-SP.
Segundo a prefeitura, cães e gatos que morrem apresentando quadro neurológico sem razão definida são encaminhados pelo atendimento médico veterinário à CCZV para a realização de necropsia e envio de material para análise.
Caso a amostra venha com resultado positivo para raiva no animal, a CCZV realiza investigação na área específica, bloqueio vacinal se necessário, assim como orientação educativa à população local.
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