
Morada dos Baís foi revitalizada e reabre com programação cultural.
Divulgação
A Morada dos Baís, um dos principais patrimônios históricos e culturais de Campo Grande, reabre suas portas ao público nesta quinta-feira (28), às 17h30, após passar por um processo de revitalização.
O casarão agora contará com uma programação permanente voltada à preservação da memória da cidade e ao incentivo às artes locais.
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O público poderá visitar a sala de exposições temporárias, que receberá artistas convidados, além de conhecer o acervo permanente da Morada dos Baís, sob responsabilidade da prefeitura. Entre os destaques estão obras e objetos de Lídia Baís, incluindo pinturas originais, quadros e itens da família.
Outra sala será dedicada à história da própria casa e da família Baís, com fotografias e documentos históricos. Já o pátio externo será utilizado para apresentações artísticas e atividades culturais ao ar livre.
O espaço também abrigará uma área voltada ao artesanato local, com o objetivo de fortalecer a economia criativa e valorizar o trabalho de artesãos da região.
Evento de reabertura
A cerimônia de reabertura contará com apresentações do músico Lucas Rosa, que levará um repertório de música popular à sala de oficinas.
Também participam a Orquestra de Campo Grande e o grupo Coro Cant’arte, com interpretações de obras da música erudita.
Processo de revitalização
Antes da reabertura, a Morada dos Baís passou por reparos estruturais que respeitaram sua arquitetura original e as exigências legais para imóveis tombados como patrimônio histórico.
A revitalização também incluiu intervenções criativas de artistas locais:
Artista Hélder instalou luminárias na árvore de entrada do casarão;
Matheus do Carmo assinou um grafite na parte externa;
Ali Gonçalves contribuiu com artes digitais e uma intervenção visual;
Confraria Sociartista de Campo Grande doou uma obra coletiva composta por artistas reconhecidos da capital.
Um novo retrato de Lídia Baís, assinado pela artista Dani-se, também passa a integrar o acervo permanente da casa.
Um ícone de Campo Grande
A Morada dos Baís é um dos monumentos mais emblemáticos de Campo Grande, sendo referência tanto para moradores quanto para turistas. Funcionando como centro cultural, abriga uma programação contínua de eventos artísticos e culturais.
Construída em 1918 pelo engenheiro João Pandiá Calógeras, foi a primeira edificação em alvenaria da cidade. Outro destaque inovador da época foram as telhas de ardósia importadas da Itália. O imóvel permaneceu com a família Baís até 1938, quando faleceu o patriarca Bernardo Franco Baís, aos 77 anos.
Após a saída da família, o casarão foi alugado por Nominando Pimentel, que o transformou na conhecida Pensão Pimentel. Em 1974, um incêndio de grandes proporções destruiu boa parte da estrutura. Depois disso, o prédio reformado teve usos variados, abrigando diferentes estabelecimentos comerciais.
Somente em 1986 o imóvel foi oficialmente reconhecido como patrimônio histórico municipal. Em 1993, uma parceria com o Sebrae/MS viabilizou uma ampla restauração. No ano de 1995, a Morada dos Baís foi transformada no Centro de Informações Turísticas e Culturais da cidade, passando a abrigar também o Museu Lídia Baís, com obras da artista e de sua família.
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