
Juliana Chaar havia feito as duas fases do exame que é requisito para a prática da advocacia. Familiares e amigos comemoraram o resultado, mas lamentam que ela não tenha tido a oportunidade de celebrar a conquista. O suspeito, Diego Luiz Gois Passo, segue foragido. Juliana Chaar morreu atropelada durante confusão em bar no AC
Arquivo pessoal
Depois de 18 dias da morte da assessora jurídica Juliana Chaar, o nome dela apareceu na lista de aprovados do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Rio Branco, divulgada nessa segunda-feira (7). Juliana havia participado das duas fases do exame, que ocorreram, respectivamente, em abril e junho deste ano.
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👉 Contexto: Juliana foi atingida por uma caminhonete na madrugada de 21 de junho. A polícia foi acionada, inicialmente, em razão de disparos feitos em via pública que teriam sido feitos pelo advogado Keldheky Maia, amigo dela. Ele foi preso, mas a Justiça concedeu liberdade provisória. A servidora morreu horas depois no pronto-socorro de Rio Branco e o suspeito pelo atropelamento, Diego Luiz Gois Passo, de 27 anos, teve a prisão decretada no dia seguinte ao caso.
O exame é requisito para a prática da advocacia e, segundo a família, o resultado era muito aguardado por todos que acompanharam o esforço dela na preparação para as provas.
Primo de Juliana, o advogado Vandré Prado, lamenta que ela não tenha tido a oportunidade de celebrar a conquista e diz que o resultado é uma mistura de sentimentos.
“Era algo que ela se dedicou bastante. Antes do ocorrido estávamos todos ansiosos pois sabíamos as dificuldades que ela teve para concluir e se preparar para o exame. Um dia em que certamente estaríamos juntos celebrando em família, se transformou em mais um dia de luto profundo aos familiares e amigos”, diz.
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Por meio de uma rede social, o presidente da OAB Seccional Acre, Rodrigo Aiache, parabenizou os aprovados, mas também relembrou Juliana. Aiache pediu ainda justiça e manifestou solidariedade à família da jovem.
“Sua aprovação póstuma é um tributo à sua capacidade, à sua força e ao seu sonho”, escreveu.
Nome de Juliana Chaar saiu entre aprovados na OAB-AC
Reprodução
Suspeito segue foragido
Diego Luiz Gois Passo é considerado suspeito de atropelar a servidora Juliana Chaar
Reprodução
O mandado de prisão contra Passo ainda não foi cumprido e ele segue foragido. Ao g1, a Polícia Civil informou que o delegado Cristiano Bastos, que está à frente da investigação, deve se pronunciar ao final do inquérito.
Já a defesa de Passo disse que ainda espera por resposta ao pedido de revogação do mandado de prisão, mas não informou se há previsão para que ele se apresente à polícia.
Enquanto espera os desdobramentos, a família de Juliana lamenta que o suspeito ainda não tenha sido encontrado. Os parentes esperam que, apesar do que consideram demora, o caso tenha desfecho com punição.
“Após todos esses dias, aguardamos o cumprimento do mandado de prisão do responsável por essa tragédia, que segue foragido. Que essa barbaridade não siga impune”, acrescentou Vandré Prado.
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