Médica apagou vídeo do momento de ataque ao amante em MT antes de celular ser entregue à família, diz polícia


Médica entrou em centro cirúrgico para apagar imagens de celular de amante
A médica ginecologista Sabrina Iara de Mello, alvo de uma operação por suspeita de envolvimento em um assassinato, entrou no centro cirúrgico em que a vítima estava e apagou um vídeo do momento em que Ivan Michel Bonotto, de 35 anos, é esfaqueado pelo comerciante Danilo Guimarães, a mando do marido dela, o empresário Gabriel Tacca, segundo a Polícia Civil. O crime teria sido encomendado após o marido da médica descobrir que ela estava em um relacionamento extraconjugal com Ivan.
A defesa de Sabrina informou ao g1 que não vai se manifestar sobre o caso até ter conhecimento de todos os detalhes da ocorrência.
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Segundo o delegado responsável pelo caso, Bruno França, após o ataque, Ivan chegou a ser socorrido e levado até um hospital em Sorriso, a 420 km de Cuiabá. Nesse período, Sabrina se aproveitou da condição profissional para acessar o local em que o suposto amante estava internado para apagar a prova do crime.
“Ela como médica usou da condição profissional para adentrar o centro cirúrgico no momento que a vítima foi socorrida, para pegar o celular e destruir todas as provas. O celular da vítima foi praticamente resetado. Ela inclusive já assumiu que realmente já apagou todas as provas do celular da vítima, apesar de negar envolvimento no homicídio”, explicou o delegado.
As investigações apontaram que, quatro minutos após a entrada de Ivan no hospital, a médica compareceu à unidade de saúde alegando ser apenas amiga do paciente. Segundo a polícia, a intenção desde o início era acessar o celular da vítima e apagar provas do crime, além de mensagens e fotos que revelavam que os dois tinham um relacionamento.
O celular só foi entregue à família três dias depois, já com os arquivos apagados. Ela alegou à polícia que apagou os dados para “proteger a vítima”. Sabrina é investigada por fraude processual.
O crime
Médica ginecologista Sabrina Iara de Mello e o empresário Gabriel Tacca
Redes sociais/reprodução
Inicialmente, o crime foi tratado como “situação decorrente de uma briga em um bar”. No entanto, com o avanço das investigações, os policiais descobriram que os envolvidos no caso se desentenderam por causa de relacionamentos amorosos.
De acordo com a Delegacia de Sorriso, Ivan foi morto pelo comerciante Danilo, na distribuidora em que Gabriel é proprietário. Além disso, o empresário teria encomendado a morte da vítima.
No dia 22 de março, Ivan deu entrada em um hospital particular em Sorriso, com diversas perfurações de faca espalhadas pelo corpo. No entanto, ele sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu no dia 13 de abril.
Na época, Gabriel foi ouvido na Delegacia de Sorriso e alegou que o caso se tratava de uma briga motivada por desentendimento relacionado ao consumo de bebidas alcoólicas. Ele afirmou que não conhecia nem mantinha qualquer relação com a vítima nem com o suspeito.
O autor das facadas também se apresentou voluntariamente à polícia, apresentando uma versão semelhante: teria se envolvido na confusão durante uma briga de bar e agido em legítima defesa.
Investigações
No decorrer das investigações, a Polícia Civil constatou que as versões dos dois envolvidos eram falsas. A apuração revelou que a vítima era amigo íntimo do dono da distribuidora onde ocorreu o crime e mantinha um relacionamento amoroso com a esposa dele, a médica Sabrina.
Segundo a polícia, ao descobrir o caso extraconjugal, o empresário contratou Danilo para matar a vítima, simulando uma briga na distribuidora. Porém, imagens de câmeras de segurança mostraram que a vítima foi atraída ao local e atacada de surpresa, pelas costas.
A vítima morava em Tapurah e, sempre que ia a Sorriso, costumava se hospedar na casa do casal. A polícia destacou que os três mantinham um vínculo estreito, com diversos registros de momentos juntos.
Sabrina no centro cirúrgico
Reprodução
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