‘Abin paralela’: Moraes rejeita pedido da defesa de diretor da Abin para arquivar investigação contra ele


Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da Abin
Roque de Sá/Agência Senado
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, rejeitou nesta terça-feira (12) o pedido da defesa do diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa, de arquivamento da parte da investigação da chamada “Abin paralela” que se refere a ele.
O ministro analisou uma manifestação de advogados de Corrêa, que solicitaram o cancelamento do indiciamento do diretor da agência.
O relatório das investigações sobre o uso irregular da estrutura da Abin para fins políticos foi apresentado pela Polícia Federal em junho deste ano.
O documento tratou de um esquema de monitoramento e espionagem de políticos, autoridades e jornalistas que eram considerados adversários do governo Jair Bolsonaro. O diretor-geral da Abin foi um dos indiciados.
Em parecer, a Procuradoria-Geral da República tinha defendido a rejeição do pedido dos advogados de Corrêa.
Na decisão, Moraes ressaltou que as conclusões da PF estão sob análise da PGR, a quem cabe decidir os próximos passos da apuração.
O ministro afirmou que “não cabe ao investigado pretender pautar a atividade investigativa”.
“Em mesmo contexto, estando a investigação em regular andamento, com diversas diligências já realizadas, eventual arquivamento seria absolutamente prematuro, conforme ressaltou a Procuradoria-Geral da República”, pontuou Moraes.
Manifestação da defesa
Relatório de investigação da PF indica atuação por núcleos na chamada Abin paralela
Em manifestação ao Supremo, a defesa do diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Correa, afirmou que seu indiciamento no relatório da PF sobre a ‘Abin paralela’ é “ilegal” e “carente de fundamentação fática”.
Neste contexto, pediu o arquivamento da apuração em relação a ele e o cancelamento do indiciamento.
No documento, os advogados disseram que Corrêa atuou com “higidez e legalidade” na posição de diretor-geral da Abin. Sustentou também que a conclusão apresentada pela PF “é carente de qualquer sentido lógico”.
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