Surto de sarampo na Bolívia preocupa o Brasil; saiba quem precisa se vacinar
Com o decreto de emergência nacional contra os casos de sarampo na Bolívia, municípios de Mato Grosso do Sul localizados na linha de fronteira com o país vizinho iniciaram protocolos de prevenção para evitar a propagação da doença.
Nesta terça-feira (12), a Secretaria de Estado de Saúde (SES) anunciou a aplicação da chamada “dose zero” da vacina contra o sarampo, voltada para bebês de 6 a 11 meses e 29 dias.
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A medida segue recomendação do Ministério da Saúde e será adotada em todos os municípios do estado considerados áreas de maior vulnerabilidade à circulação do vírus, especialmente por conta da proximidade com a fronteira internacional.
Essa ação preventiva se soma às estratégias já em curso no estado, como bloqueios vacinais e vigilância ativa, com o objetivo de evitar a reintrodução do vírus.
No entanto, conforme a Nota Técnica nº 49/2025 do Ministério da Saúde, a dose zero não substitui as vacinas previstas no calendário de rotina — aplicadas aos 12 e 15 meses — e não é contabilizada para fins de cobertura vacinal, funcionando como uma proteção adicional.
O documento também orienta que a imunização seja intensificada não apenas entre crianças, mas também entre adolescentes, jovens e adultos, com atenção especial a pessoas vindas de outros países. Além disso, há recomendações específicas para a vacinação de indivíduos com alergia à proteína do leite de vaca (APLV), que devem receber versões da vacina sem o componente alergênico.
Segundo o gerente de imunização da SES, Frederico Moraes, a inclusão da dose zero é uma estratégia essencial para criar uma barreira imunológica antes mesmo da idade prevista no calendário de rotina.
“Isso nos dá mais segurança para proteger bebês que estão em fase de maior vulnerabilidade, especialmente em um cenário de risco aumentado pela proximidade com áreas onde há circulação do vírus”, explica.
Reuniões semanais e ações intensificadas
Diante do avanço da doença na Bolívia, a SES iniciou reuniões semanais com o Programa Nacional de Imunizações (PNI), coordenadas pelo Ministério da Saúde, para alinhar estratégias de contenção, com foco especial nas áreas de fronteira.
Desde os primeiros casos confirmados no país vizinho neste ano, a SES intensificou as ações de bloqueio nas regiões de Corumbá e Ladário. Nessas localidades, estão sendo realizadas campanhas de vacinação, bloqueios vacinais, busca ativa de sintomáticos e ações educativas, em parceria com o Ministério da Saúde e as secretarias municipais.
Com surto de sarampo na Bolívia, Mato Grosso do Sul antecipou aplicação da “dose zero” em bebês.
Reprodução
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